A cervejaria Schincariol conseguiu aumentar em 0,4 ponto percentual sua participação no mercado com as marcas Nova Schin, Glacial e Primus, apesar do escândalo de sonegação de impostos na empresa. Os números, auditados pelo instituto AC Nielsen, referem-se a julho em comparação com o mês anterior. A fatia da Schincariol cresceu de 12,9% para 13,3%, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelo Valor.
No dia 15 de junho, sete diretores da Schincariol foram presos sob acusação de sonegação fiscal no valor de R$ 1 bilhão. Eles foram soltos dez dias depois. O caso ganhou grande repercussão na mídia.
O Ministério Público não ofereceu a denúncia e as investigações ainda não foram concluídas. Os executivos foram orientados por seus advogados a não dar declarações à imprensa.
Apesar do escândalo, a empresa manteve os investimentos publicitários, orçados em R$ 280 milhões este ano. Os projetos de expansão não foram cancelados. A Schincariol deve inaugurar duas unidades neste ano (em Três Lagoas (MS) e em Benevides (PA)).
A líder AmBev (marcas Brahma, Skol, Antarctica e Bohemia) também aumentou sua participação de mercado de 67,9% para 68,1% em julho em relação a junho. Quem mais perdeu foi a canadense Molson, dona das marcas Kaiser e Bavaria. A participação caiu de 8,8% para 8,5% em igual base de comparação, segundo a AC Nielsen.