A inflação medida pelo Índice Geral Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,63% em outubro, após cinco meses de deflação, informou nesta segunda-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em setembro, o índice, usado no reajuste da telefonia fixa, havia caído 0,13 %. No ano, o IGP-DI acumula alta de 0,82%; nos últimos 12 meses, a variação é de 2,18%.
Houve aceleração tanto no atacado quanto no varejo. O Índice de Preços por Atacado (IPA-DI), com peso de 60% na taxa geral, saiu de variação negativa de 0,28% em setembro para alta de 0,79% em outubro; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que compõe 30% do IGP-DI, subiu de 0,09% em setembro para 0,42% no mês passado; já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ficou abaixo da variação de setembro (0,19% em outubro, frente a 0,24% no mês anterior).
No atacado, os preços dos produtos agrícolas tiveram alta de 0,80% no mês passado, comparado com queda de 3,17 % e, setembro. Já o IPA industrial subiu de 0,67% para 0,78%.
Segundo um comunicado da FGV, a maior contribuição para a aceleração dos preços ao consumidor partiu do grupo alimentação, responsável por mais de 90% da aceleração do índice. Nesta classe de despesa, os principais destaques foram: hortaliças e legumes (-5,21% para -1,00%) e carnes bovinas (0,02% para 5,39%), que responderam conjuntamente por 78% da aceleração deste grupo.
Com menor intensidade, contribuíram também para a aceleração do índice os grupos Transporte e vestuário, cujas taxas passaram de 1,55% para 1,88% e de -0,10% para 0,36%, respectivamente. No primeiro caso, a aceleração se justifica pelo aumento das variações dos itens tarifa de ônibus urbano (0,00% para 1,47%) e álcool combustível (2,14% para 9,20%). No segundo, a alta pode ser explicada em larga medida pela aceleração do item roupas, cuja variação passou de -0,16% para 0,73%.
Ainda segunda a FGV, aceleração dos preços no varejo só não foi maior devido ao grupo habitação, que baixou de 0,42% para 0,25%. A maior contribuição para esta desaceleração partiu do item taxa de água e esgoto residencial, cuja taxa recuou de 5,29% para 0,04%.
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