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Referendo

Depois do Estatuto, mortes diminuíram

Curitiba – A um dia do referendo sobre o comércio de armas de fogo e munição, apesar de todos os debates, a pergunta que os brasileiros parecem realmente querer responder é: a proibição da venda de armas vai ou não diminuir a violência?

Em 2004, com a vigoração do Estatuto do Desarmamento, os números mostraram uma queda de 8,2% das mortes por armas de fogo em relação a 2003. Foi a primeira queda no número de mortes por armas de fogo em 13 anos.

Apesar de uma melhora geral do Brasil, no país ainda se mata mais do que na guerra do Iraque. Segundo a última contagem da ONG Iraq Body Count, desde o início do conflito, em março de 2003, morreram entre 26.661 e 30.018 civis. Em 2004, o Brasil registrou 36.119 mortes por armas de fogo.

Paraná

O Paraná foi o único estado do Sul e um dos seis do Brasil em que o número de mortes por armas de fogo foi maior do que o previsto para 2004, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). No relatório, feito junto ao Ministério da Saúde, explica-se que a entrega voluntária de armas, iniciada apenas no segundo semestre de 2004, teria colaborado, junto à aplicação do Estatuto do Desarmamento, para a diminuição do índice de mortes por armas de fogo. No Paraná, no entanto, a entrega voluntária de armas já havia se iniciado no começo de 2004.

Para o relatório, o Paraná é um estado em que "o desarmamento praticamente não parece ter originado efeitos, ou originou efeitos negativos".

A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública afirmou que a única pessoa que pode se manifestar sobre os números é o secretário Luiz Fernando Delazari, que não foi localizado por estar em viagem.

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