O dólar à vista abriu em alta de 0,61% nesta quinta-feira, cotado a R$ 2,290 na compra e R$ 2,292 na venda. No mercado de títulos da dívida externa, os papéis brasileiros operam em alta e o risco-país avança 5 pontos, para 369 pontos centesimais.
O principal foco de atenções nesta manhã é a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na semana passada reduziu os juros básicos da economia em 0,5 ponto percentual.
O documento informou que as atuais pressões inflacionárias, geradas pelo aumento dos combustíveis, não terão efeito de longo prazo. Com isso, confirma a tese de que em novembro e dezembro haverá mais dois cortes de 0,5 ponto na Selic.
O IGP-M de outubro é outra informação importante no dia. Depois de cinco meses registrando deflação, a taxa subiu 0,60%. Em setembro, o índice havia captado deflação de 0,53%. Houve pressão no atacado e no varejo, e os preços dos combustíveis voltaram a pressionar.
A captação de US$ 300 milhões em bônus anunciada pela Vale do Rio Doce é também destaque nesta quinta-feira. A operação é de longo prazo, com os papéis vencendo em 2034. O mercado deve reagir bem à notícia, mas não o suficiente para influenciar o câmbio.
A alta dos juros dos títulos americanos e as compras de dólares do Banco Central levam à pressão sobre a moeda americana. Na quarta-feira, a disparada dos juros das "treasuries" pressionou o dólar por todo o dia. A proximidade do final do mês também traz pressão extra, já que os investidores "comprados" em dólar futuro estão em vantagem e devem buscar elevar a cotação.