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Mercado Financeiro

Dólar cai 0,45%, com melhora na classificação da dívida do Brasil

A melhora na classificação de risco brasileiro pela Standard & Poor's fez o dólar fechar novamente em queda nesta terça-feira, pelo sétimo dia consecutivo. A moeda americana encerrou o dia com desvalorização de 0,45% frente ao real, a R$ 2,192 na compra e R$ 2,194 na venda, na menor cotação desde 19 de abril de 2001. A cotação caiu mesmo com o leilão do Banco Central no final da tarde para a compra de dólares.

Depois de oscilar bastante durante o dia, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em ligeira alta de 0,06%, com 30.970 pontos. O volume financeiro foi fraco, de R$ 1,426 bilhão. Na máxima, o índice foi para 31.078 pontos e na mínima caiu para 30.587 pontos. Apesar de ser a segunda alta consecutiva, na semana o Ibovespa acumula elevação de apenas 0,27%. No mês, o índice acumula alta de 2,57% e no ano, 18,23%.

O risco Brasil, medido pelo J.P. Morgan, fechou em queda de 1 ponto, para 352 pontos centesimais. Na mínima, o EMBI+ brasileiro caiu nesta terça-feira para 348 pontos e na máxima, atingiu 355 pontos. O Global 40, título de 40 anos, fechou em alta de 0,52%, para 120,88% do valor de face.

- O Banco Central correu e entrou depois que a Standard & Poor's melhorou a perspectiva do rating brasileiro de estável para positiva. Mas aí a moeda já estava em queda novamente. Se o Banco Central quiser, de fato, elevar a cotação da moeda americana, terá de tomar novas medidas, fazendo leilões pela manhã e também à tarde - disse Hideaki Iha, operador de câmbio da Corretora Souza Barros.

Pela manhã e até o início da tarde, o dólar mostrou recuperação. Na máxima, a moeda foi vendida a R$ 2,213. Para um analista, não havia motivo para a alta, a não ser que as empresas já tivessem começado a antecipar a compra da moeda para o pagamento de compromissos comerciais que vencem no final do ano. Hoje, a moeda caiu com a reclassificação do risco brasileiro. Ontem, segunda-feira, a cotação ficou mais baixa com o ingresso positivo de dólares no país. Em sete dias, o dólar já acumula queda de 4,23%.

Os dados internos deram o tom do mercado nesta terça-feira. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as vendas reais da indústria nacional, na análise dessazonalizada, caíram 0,47% em setembro, em relação a agosto. Comparado com setembro de 2004, as vendas reais recuaram 1,07%.

AçõesEntre as ações mais negociadas estiveram Petrobras PN, Telemar PN e NET PN. As principais altas foram Usiminas PNA (4,25%), Net PN (3,12%) e Siderúrgica Nacional ON (2,73%). Entre as quedas estiveram Contax ON (5,03%), Copel PNB (3,17%) e Brasil T Part ON (3,17%). Vários dados trimestrais de empresas estão sendo divulgados nesta semana e os investidores estão atentos aos resultados.

Os papéis preferenciais da Gerdau registraram queda de 1,91% nesta terça-feira. O faturamento do Grupo Gerdau cresceu 11,3% de janeiro a setembro deste ano, chegando a R$ 19,5 bilhões, por conta do aumento da demanda no mercado internacional e da incorporação de unidades siderúrgicas na América do Norte. O lucro líquido chegou a R$ 2,514 bilhões, com alta de 1,2% sobre o mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre, no entanto, o lucro líquido caiu 9,1%, na comparação com o segundo trimestre, para R$ 811,6 milhões.

Juros Futuros Os juros futuros fecharam novamente em queda na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), mostrando que os investidores continuam apostando na redução da Selic nos próximos meses. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou o dia em 18,45% (18,48% no fechamento anterior). O contrato de abril do ano que vem terminou em 17,86%, contra 17,91% na segunda-feira. Para julho de 2006, o DI ficou em 17,49% (17,57% no dia anterior). O contrato mais negociado, de janeiro de 2007, fechou o dia em 17,22%, contra 17,27% no último pregão.

Paralelo

O dólar paralelo em São Paulo fechou em queda de 1,20%, a R$ 2,350 na compra e R$ 2,450 na venda. No Rio, o black encerrou a terça-feira com redução de 0,42%, cotado a R$ 2,200 na compra e R$ 2,340 na venda. O dólar turismo em São Paulo fechou com alta de 0,43%, a R$ 2,170 na compra e R$ 2,330 na venda.

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