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O dólar à vista fechou em queda de 1,03% e bateu novo recorde de baixa nesta quinta-feira. A moeda americana terminou o dia valendo R$ 2,210 na compra e R$ 2,212 na venda, menor cotação desde maio de 2001. O risco-país brasileiro caía 8 pontos no final da tarde, aos 346 pontos centesimais. Com isso, o indicador de risco brasileiro está a 9 pontos do seu piso histórico (337 pontos).

Depois de mais um recorde histórico de pontos a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve uma discreta realização de lucros, que em nada compromete a valorização acumulada no mês. O Índice Bovespa fechou em baixa de 0,35%, aos 31.208 pontos. Os negócios somaram R$ 1,713 bilhão. No acumulado do ano, a bolsa tem alta de 11,28%.

Três fatores específicos contribuíram para a queda do dólar. Um deles foi o fluxo cambial, que permaneceu positivo durante todo o dia. Outro fator foi a proximidade do final do mês, que levou os investidores "vendidos" do mercado futuro a puxar a cotação para baixo, com o intuito de lucrar na liquidação de contratos.

Pela manhã, a fala do diretor de Polícia Econômica do Banco Central, Afonso Bevilaqua, teve interpretações desencontradas e influenciou o mercado. O diretor do BC afirmou que o Tesouro Nacional tem vencimentos de US$ 11,266 bilhões em 2006 e que, desse total, já comprou US$ 3,99 bilhões no mercado. O dólar chegou a subir 0,36%, com a perspectiva de novas compras do Tesouro, que não foram confirmadas.

Bevilaqua também afirmou que o BC poderá voltar a comprar dólares no mercado à vista, mas não sinalizou quando. A última vez que o BC convocou leilão para compra de moeda estrangeira foi em agosto, quando recusou todas as propostas dos bancos.

- O mercado se movimentou porque sabe que o único comprador com poder de fogo para tentar inibir as quedas do dólar é o governo. Se o BC continuar ausente, a tendência é o dólar continuar a cair - afirmou um profissional de um banco estrangeiro.

AÇÕES O cenário interno permaneceu essencialmente positivo, principalmente no que diz respeito à inflação. O relatório trimestral de inflação do Banco Central mostrou redução da expectativa de aumento de preços para 2005 e 2006. A deflação de 0,53% do IGP-M completou o cenário de baixa de preços e reforçou as apostas na queda dos juros.

Devido à forte participação dos investidores estrangeiros, a expectativa é de que a bolsa continue a subir. Até o dia 26, o fluxo de recursos externos na bolsa estava positivo em R$ 830 milhões. No acumulado do ano, o saldo é positivo em R$ 3,717 bilhões.

Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores baixas foram de Braskem PNA (-6,04%) e CRT Celular PNA (-3,49%). As altas mais significativas do índice são de Copel PNB (+5,76%) e Telesp Celular Participações PN (+3,16%).

JUROS As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa, acompanhando o recuo das projeções de inflação. O destaque do dia foi a divulgação do relatório de inflação do Banco Central, relativo ao terceiro trimestre deste ano.

No documento, o BC informa que diminuiu a perspectiva de inflação deste ano de 5,8% para 5%. Para o ano que vem, houve redução de 3,7% para 3,5%. Para complementar o cenário de inflação menor, o IGP-M apontou deflação de 0,53 em setembro, contra queda de preços de 0,65 em agosto.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,99% ao ano, contra 19,01% do fechamento de quarta-feira. O DI de janeiro de 2007 teve a taxa reduzida de 17,65% para 17,58% anuais. A taxa Selic é hoje de 19,50% ao ano.

PARALELO O dólar paralelo fechou em queda de 1,96% nesta quinta-feira, cotado a R$ 2,40 na compra e R$ 2,50 na venda. O dólar turismo caiu 0,85%, a R$ 2,19 na compra e R$ 2,33 na venda.

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