Com uma queda de 1,41% o dólar fechou em seu menor preço em mais de um mês. A moeda americana rompeu o piso psicológico dos R$ 2,30 e fechou valendo R$ 2,294 na compra e R$ 2,296 na venda. É o menor valor desde 10 de agosto, o que leva o mercado a ficar atento à possibilidade de compras do Banco Central. O risco-país caiu 9 pontos e fechou em 371 pontos centesimais.

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão viva-voz desta quinta-feira em alta de 1,14%, com o Índice Bovespa em 29.381 pontos. O volume financeiro às 16h45m era de R$ 1,720 bilhão. O pregão eletrônico segue até as 17 horas.

Um dia depois da cassação de Roberto Jefferson e da redução de 0,25 ponto percentual nos juros, a novidade foi a notícia de uma operação inédita do Tesouro Nacional. Pela primeira vez o Brasil vai emitir títulos denominados em reais no mercado internacional.

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A captação em reais já havia sido sinalizada pelo Tesouro, que nesta quinta concedeu mandato para o JP Morgan e o Goldman Sachs liderarem a operação. Calcula-se que a oferta inicial seja equivalente a US$ 500 milhões ou US$ 1 bilhão, para títulos de 5 ou 10 anos.

Outro destaque no dia foi a captação de US$ 600 milhões feita pela Gerdau na colocação de títulos perpétuos (sem data definida de vencimento). A demanda de US$ 3,5 bilhões impressionou o mercado. Somada à notícia da emissão do governo, a captação da Gerdau confirmou que a demanda por ativos brasileiros no exterior é significativa. Com isso, a expectativa é de novas operações no setor privado.

Para Mário Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação, o mercado de câmbio também reagiu com alívio ao desfecho da cassação de Roberto Jefferson. Ele afirma que os investidores estavam cautelosos com a possibilidade de ele fazer denúncias graves contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que não aconteceu.

A chegada do dólar no patamar inferior a R$ 2,30 acendeu a luz amarela para o mercado. Da última vez que a cotação caiu abaixo disso, em agosto, o Banco Central promoveu uma compra de dólares no mercado à vista, trazendo a cotação de volta ao patamar dos R$ 2,30. De lá para cá, não houve mais intervenções, devido à volatilidade gerada pela crise política.

- O rompimento dos R$ 2,30 hoje levou o mercado a acompanhar de perto a tela dos computadores, à espera de aviso de compra do Banco Central - afirmou Battistel.

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As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) sofreram pequenos ajustes para cima, um dia depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O comitê reduziu a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, de acordo com a maioria das apostas do mercado. O destaque do dia foi o IGP-10 de setembro, que teve deflação de 0,69%, contra baixa de 0,52% de agosto.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 19,09% ao ano, contra 19,06% do fechamento de quarta-feira. O DI de abril teve a taxa elevada de 18,54% parar 18,64%. A taxa do DI de janeiro de 2007 subiu de 17,64% para 17,68% anuais. A taxa Selic é desde hoje de 19,50% ao ano.