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Sem estresse

Dólar cai, mas fecha o mês de julho em alta

Já sem qualquer sinal de estresse com o cenário político o dólar fechou em queda de 1,12% nesta sexta-feira, cotado a R$ 2,378 na compra e R$ 2,380 na venda. No acumulado da semana, a moeda americana teve baixa de 0,75%. No mês, no entanto, houve alta de 1,97%. O EMBI+ Brasil, que mede o risco-país nacional, caiu 1,47% no dia e 3,60% na semana, para 402 pontos centesimais.

O arrefecimento da tensão com a crise política foi fator determinante para a recuperação de valor do real, mas não o único. O mercado também repercutiu positivamente o noticiário econômico, que até então vinha sendo colocado em segundo plano pelos investidores domésticos.

- Uma das notícias que melhor repercutiram foi a de que o Tesouro Nacional vai amortizar parte da dívida externa, o que reduz a suscetibilidade do país. Mas os ingressos de recursos externos também teve importância, ao lado da melhora da crise política - disse Mário Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.

A tradicional boataria de sexta-feira, em torno da publicação das revistas semanais, também não aconteceu. Segundo Battistel, o investidor continua a enxergar um aumento nas chances de as denúncias de corrupção terminarem em "pizza".

Os ajustes do mercado futuro de câmbio para a virada do mês aumentaram muito o volume de negócios movimentados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), que ficaram perto dos US$ 3 bilhões. A disputa entre "comprados" e "vendidos" em dólar futuro ajudou a dar alguma volatilidade ao dólar pela manhã.

As projeções dos juros negociadas no mercado futuro fecharam perto da estabilidade, com leve indicação de alta. O principal destaque da semana foi a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quinta-feira. Apesar de admitir melhora na convergência da inflação às metas, o documento não sinalizou queda de juros em agosto.

Nos negócios na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em outubro fechou com taxa de 19,59% ao ano, contra 19,58% do fechamento de quinta-feira. O DI de janeiro de 2006 teve a taxa elevada de 19,08% para 19,11% anuais. A taxa de janeiro de 2007 foi ajustada de 17,93% para 17,94% anuais. A taxa Selic é hoje de 19,75% ao ano.

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