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O dólar à vista deu início ao mês de dezembro com uma alta de 0,59%, cotado a R$ 2,218 na compra e R$ 2,220 na venda. Devido ao bom desempenho dos títulos da dívida externa, o risco-país brasileiro marcava 329 pontos centesimais no final da tarde, o menor patamar da história do indicador. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 2,31% perto das 17 horas, com patamar recorde de 32.655 pontos.

O dólar já abriu em alta, mas as compras de dólares do Banco Central foram responsáveis pela manutenção dessa tendência até o final do dia. O BC fez seu quarto leilão consecutivo de contratos de "swap" cambial e também comprou quantidade expressiva de dólares no mercado à vista.

A possibilidade de queda maior dos juros foi outro motivo para pressão de compra de dólares, assim como aconteceu na véspera. Embora o Banco Central negue, a queda de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre é vista no mercado como um incentivo ao maior corte de juros.

- Enquanto os juros continuarem elevados, o dólar não vai subir. O Banco Central consegue elevar a cotação em dias de compras mais agressivas, mas a tendência é o fluxo continuar positivo, atraído pelos juros elevados - disse José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação.

No leilão de "swaps" reversos, o Banco Central vendeu apenas 77,4% dos contratos ofertados, que representaram US$ 464 milhões. Não é possível saber se a venda parcial aconteceu por falta de demanda, ou porque as taxas propostas não agradavam o BC. De qualquer forma, os analistas acreditam que o interesse por esses contratos tende a diminuir.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam com pequenas oscilações. O principal evento do dia foi a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O documento explicou que a manutenção do conservadorismo na redução dos juros levou em conta o repique do IPCA de outubro (0,75%), que levou o mercado a ajustar projeções de inflação para os próximos meses. A ata sugeriu a manutenção do conservadorismo na política monetária, mas foi elaborada antes da notícia da queda do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,12% ao ano, contra 18,10% do fechamento de quarta-feira. O DI de outubro teve a taxa reduzida de 17,83% para 17,89% anuais. A taxa de janeiro de 2007 recuou de 16,71% para 16,66% anuais.

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