O dólar à vista bateu novo recorde nesta quarta-feira - o segundo na semana - ao fechar em baixa de 1,06%. A cotação da moeda americana chegou ao final do dia valendo R$ 2,233 na compra e R$ 2,235 na venda, a menor desde 7 de maio de 2005. O risco-país brasileiro fechou aos 355 pontos centesimais, com recuo de 2 pontos. Depois de dois dias de queda por realização de lucros, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu mais ainda e bateu novo recorde histórico de pontos. O Índice Bovespa subiu 1,43% e atingiu inéditos 31.317 pontos. O total de negócios na bolsa paulista somou R$ 1,834 bilhão.

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- A Bovespa não tem motivo para cair. Depois de dois dias de ajustes, as ações ficaram atrativas de novo e voltaram a subir, indicando a possibilidade de buscar novos patamares - disse Luiz Roberto Monteiro, consultor de investimentos da corretora Souza Barros.

A certeza de que o Banco Central não faria leilão de "swaps reversos", como o mercado especulava, foi o primeiro passo para a desvalorização da moeda. Fluxo e fundamentos positivos completaram o quadro que levou à valorização do real.

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- O ambiente está muito favorável aos países emergentes, que vêm sendo recomendados pelas instituições financeiras. A liquidez externa e a certeza de que o Banco Central não vai sinalizar piso para o dólar faz crescer a segurança para o investidor apostar nos fundamentos - disse Alexandre Sant'Anna, da ARX Capital Management.

Segundo o analista, não há um piso para o dólar. Ele afirma que a balança comercial vem se mantendo superavitária devido a fatores como o crescimento global do comércio exterior e o aumento de preços das commodities, além da melhora estrutural das empresas.

JUROS As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em leve baixa, acompanhando o bom desempenho dos ativos em geral. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 19,01% ao ano, contra 19,03% do fechamento de terça-feira. O DI de abril de 2006 teve a taxa reduzida de 18,18% para 18,16% anuais. A taxa do DI de janeiro de 2007 recuou de 17,69% para 17,65% anuais.

PARALELO O dólar paralelo negociado em São Paulo fechou estável nesta quarta-feira, cotado a R$ 2,45 na compra e R$ 2,55 na venda. O dólar turismo também não variou, terminando o dia a R$ 2,23 na compra e R$ 2,35 na venda.

AÇÕESOs trabalhos para eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados concentraram as atenções, mas nem por isso tiveram qualquer interferência nos negócios. Segundo Monteiro, os investidores estrangeiros não estão preocupados com o cenário político, mas apenas com os números da economia.

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O saldo dos investimentos estrangeiros na bolsa continua positivo, o que comprova o apetite crescente por ativos nacionais. Segundo Monteiro, as análises mostram que as empresas brasileiras estão mais baratas que as de outros países emergentes. Por isso, diz, há potencial para novas altas.

Entre s 57 ações do Índice Bovespa, as maiores altas ficaram com Sadia PN (+5,92%) e Brasil Telecom PN (+4,96%). As quedas mais significativas do índice foram de Acesita PN (-1,64%) e Braskem PNA (-1,58%).

No acumulado de setembro, o Ibovespa tem valorização de 11,67%. No ano, os ganhos chegam a 19,55%. Com o resultado do mês, as ações deverão permanecer na liderança das aplicações financeiras de setembro, bem à frente dos fundos tradicionais.