O pregão viva-voz da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,73%, para 28.527 pontos e volume financeiro de R$ 659,8 milhões. O dólar comercial voltou a fechar em alta nesta segunda-feira, depois da queda de mais de 1,3% no pregão anterior. A moeda americana terminou o dia com valorização de 0,34%, a R$ 2,337 na compra e R$ 2,339 na venda. O risco-país, termômetro da economia brasileira, subiu um ponto, para 407 pontos-base.
O volume de negócios hoje foi muito pequeno, com o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. A cotação oscilou conforme o fluxo e no final da tarde acabou consolidando a tendência de alta com a compra pelos importadores. Na máxima, o dólar chegou a R$ 2,344 e na mínima, R$ 2,315.
- O feriado nos Estados Unidos provocou um grande efeito contingenciador nos volumes do nosso mercado. O que se espera é uma semana com baixo volume de negócios, por conta do Dia da Independência, na próxima quarta-feira, no Brasil - disse Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da Corretora NGO.
O principal destaque foi a divulgação do relatório Focus do Banco Central. Os analistas cortaram, pela 16ª semana seguida, a projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador usado no sistema de metas do governo. A previsão do IPCA de 2005 foi reduzida de 5,26% para 5,23%. Para o ano que vem, a estimativa passou de 4,90% para 4,85%.
Também divulgado hoje, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do município de São Paulo, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou em agosto deflação de 0,20%. Para os analistas, o bom é que a deflação vem acompanhada de investimentos. Outro dado de análise foi o resultado da balança comercial, que registrou superávit de US$ 527 milhões na primeira semana de setembro.
A expectativa de queda na taxa básica de juro fez os juros futuros, mais uma vez, fecharem com redução na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2007, o mais negociado, terminou a segunda-feira em 17,96%, contra 18% no fechamento de sexta-feira. Para outubro de 2005, a taxa ficou em 19,60%, ante 19,61% do fechamento anterior. O contrato de abril de 2006 passou de 18,65% para 18,61% e o de outubro do mesmo ano de 18,20% para 18,16%.
Na semana passada, os juros futuros subiram, apesar de a ata do Copom sinalizar queda da taxa neste mês. Os analistas acharam os representantes do Banco Central muito conservadores em uma reunião que aconteceu no Rio de Janeiro. A percepção foi diferente em um novo encontro realizado em São Paulo entre representantes do BC e instituições financeiras e os juros futuros voltaram a apresentar queda. A taxa básica de juro foi mantida pelo Banco Central em 19,75% em agosto, pelo terceiro mês consecutivo. Em maio, a Selic subiu 0,25 ponto percentual.
As atenções ao cenário político já estão bem menores, apesar das denúncias contra o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e contra o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti. Palocci teria subavaliado imóveis em seu nome em Ribeirão Preto e Severino recebido propina do dono do restaurante da Câmara.
- O ambiente político deve entrar agora numa fase relativamente previsível, com uma ou outra provocação e especulação de pouco impacto. Naturalmente, a pressão sobre o presidente da Câmara deve ganhar manchetes, mas qualquer mudança na presidência da Câmara será vista como um fato positivo - disse Nehme.
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