O dólar à vista ensaiou uma nova queda mas fechou em alta de 0,86% neste início de semana, cotado a R$ 2,328 na compra e R$ 2,330 na venda. Os títulos da dívida externa recuaram e o risco-país fechou com alta de 7 pontos, aos 387 pontos centesimais.
O mercado de ações resistiu a interferências externas negativas e conseguiu iniciar a semana com números positivos, graças ao bom desempenho das empresas. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) terminou o dia em alta de 0,73%, com o Índice Bovespa em 26.711 pontos e volume financeiro total de R$ 1,242 bilhão.
Nos melhores momentos do dia, a bolsa paulista chegou a subir mais de 1,7%, embalada pelo lucro recorde de R$ 2,6 bilhões registrado pelo Bradesco no primeiro semestre do ano, 110% maior que o resultado dos seis primeiros meses de 2004. Bradesco PN fechou em alta de 2,84%.
A expectativa positiva em relação aos próximos números a serem divulgados ajudou a manter o investidor estrangeiro presente nos negócios, o que sustentou as ações, mesmo com a piora do petróleo. Petrobras ON e PN subiram 1,52% e 1,88%, respectivamente.
Das 55 ações que fazem parte do Ibovespa, as maiores altas foram de Gerdau Metalúrgica PN (+4,01%) e Gerdau PN (+3,93%), ainda repercutindo o aumento de 30% do lucro do Grupo Gerdau. As maiores baixas do índice ficaram com Transmissão Paulista PN (-4,30%) e Tractebel ON (-4,08%).
CÂMBIO -Apesar do cenário econômico interno ser predominante, pesaram sobre o mercado fatores como a alta dos preços do petróleo e alguns rumores sobre a crise política interna. No rol das boas notícias do dia para o câmbio esteve o superávit de US$ 904 milhões registrado pela balança comercial na primeira semana de agosto.
Para João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, um fator técnico foi fundamental para a puxada. Segundo ele, a queda da cotação para o patamar abaixo dos R$ 2,30 trouxe muitos compradores ao mercado, entre importadores e outras empresas com dívidas em moeda estrangeira. Na mínima do dia, a cotação chegou a R$ 2,295 (-0,65%).
- Toda vez que o dólar bate esse percentual, um monte de compradores aparecem para comprar. É um patamar que eles consideram atrativo, o que leva a cotação a reagir - afirmou.
O barril de petróleo chegou a se aproximar de US$ 64 no mercado futuro de Nova York, o que assustou os investidores. A alta aconteceu devido aos temores de ataques na Arábia Saudita, maior exportador de óleo do mundo, e de problemas no abastecimento de gasolina nos Estados Unidos.
Nesta terça-feira o comitê de mercado aberto do Federal Reserve, o banco central americano, se reúne para decidir sobre os juros básicos americanos. Atentos ao aquecimento da economia, com aumento do emprego e riscos para a inflação, a expectativa dos analistas é de que os juros subam mais 0,25 ponto percentual nos Estados Unidos, chegando a 3% ao ano.
JUROS - As projeções dos juros negociadas no mercado futuro tiveram oscilações pequenas, já com o mercado atento à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), a maioria das taxas fechou perto da estabilidade. O destaque do dia foi o Boletim Focus, que apontou queda pela 12ª semana consecutiva das projeções de inflação no mercado financeiro.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro fechou com taxa de 19,59% ao ano, a mesma do fechamento de sexta-feira. O DI de janeiro de 2006 teve a taxa reduzida de 19,12% para 19,10% anuais. A taxa do DI de janeiro de 2007, o mais negociado, subiu de 17,68% para 17,70% anuais. A taxa Selic é hoje de 19,75% ao ano.
BLACK - O dólar paralelo negociado em São Paulo fechou em queda de 1,13% nesta segunda-feira, cotado a R$ 2,53 na compra e R$ 2,61 na venda. No Rio, o paralelo ficou estável, a R$ 2,40 na compra e R$ 2,55 na venda. Já o dólar turismo de São Paulo subiu 0,40% no fechamento, a R$ 2,27 e R$ 2,47 na compra e venda, respectivamente.
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