O mercado de câmbio teve uma terça-feira relativamente tranqüila, apesar do cenário político nebuloso. O dólar à vista oscilou pouco e terminou o dia em alta de 0,21%, cotado a R$ 2,341 na compra e R$ 2,343 na venda. Os títulos da dívida externa caíram e o risco-país fechou em alta de 2%, aos 408 pontos centesimais.

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O temor de novos desdobramentos negativos da crise política voltou a inibir as compras de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que fechou em baixa de 0,20% (Ibovespa em 25.270 pontos). O total de negócios somou R$ 1,202 bilhão.

A cena política voltou a ser determinante do desempenho do mercado de ações, o mais sensível à crise. O principal foco das atenções foi o depoimento do ex-secretário-geral do PT Silvio Soares, que não chegou a influenciar diretamente os negócios, embora tenha mantido as especulações nas mesas de negociação.

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No pior momento do dia, a bolsa chegou a cair 1,43%, puxada principalmente pelas ações dos segmentos de energia elétrica e telecomunicações, as mais líquidas do mercado. As "elétricas" repercutiram questões como a redução da taxa do seguro contra apagão e a queda da confiança do consumidor de energia elétrica. No final do dia, o Índice de Energia Elétrica (IEE) teve queda de 1,99% e o Índice de Telecomunicações (Itelecom), de 1,06%.

Entre as 55 ações do Ibovespa, as maiores quedas foram de Transmissão Paulista PN (-4,98%) e Eletropaulo PN (-4,71%). As altas mais significativas do índice foram de CSN ON (+3%) e Braskem PNA (+2,83%).

CÂMBIO - A tensão com os desdobramentos da crise política aumentou a cautela do investidor, que preferiu se manter em posição defensiva. Por outro lado, o fluxo cambial se manteve positivo, com ingresso de recursos externos vindos de exportações e captações. No grupo das captações, é esperada a chegada de um lote de US$ 150 milhões nesta quarta-feira.

A combinação entre a cautela e o fluxo positivo manteve o dólar perto do equilíbrio na maior parte do tempo. Enquanto isso, os investidores acompanharam o depoimento de Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios. Nesta quarta-feira é a vez de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido.

- Dois fatos ajudam a manter o mercado de câmbio relativamente tranqüilo. O maior deles é o fluxo, que é pesadamente positivo. O outro é o fato de as denúncias de corrupção não terem atingido o presidente da República. De todo modo, fica a expectativa em torno do noticiário, que a cada dia traz novidades - disse Hideaki Iha, operador da corretora Souza Barros.

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As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam perto da estabilidade, com leve indicação de baixa. O mercado futuro de juros trabalhou em compasso de espera, já que nesta terça começou a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na quarta, o comitê anuncia sua decisão sobre o percentual da taxa Selic que vai vigorar até meados de agosto.

As apostas no mercado são de manutenção da taxa Selic nos atuais 19,75% ao ano, como forma cautelosa de o Banco Central conduzir a política monetária. Mais que a decisão do comitê, o mercado quer saber qual a sinalização do BC para as próximas reuniões, já que se espera o início dos cortes de juros.

JUROS - O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro fechou com taxa de 19,58% ao ano, contra 19,60% do fechamento de segunda-feira. A taxa do DI de janeiro de 2006 recuou de 19,12% para 19,11%. A taxa do DI de janeiro de 2007 ficou em 17,55%, estável no dia.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira, com leve indicação de baixa. O mercado futuro de juros trabalhou em compasso de espera, já que nesta terça começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na quarta-feira o comitê anuncia sua decisão sobre o percentual da taxa Selic que vai vigorar até meados de agosto.

As apostas no mercado são de manutenção da taxa Selic nos atuais 19,75% ao ano, como forma cautelosa de o Banco Central conduzir a política monetária. Mais que a decisão do comitê, o mercado quer saber qual a sinalização do BC para as próximas reuniões, já que se espera o início dos cortes de juros.

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O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro fechou com taxa de 19,58% ao ano, contra 19,60% do fechamento de segunda-feira. A taxa do DI de janeiro de 2006 recuou de 19,12% para 19,11%. A taxa do DI de janeiro de 2007 ficou em 17,55%, estável no dia.

PARALELO - O dólar paralelo negociado em São Paulo fechou em baixa de 0,37% nesta terça-feira, cotado a R$ 2,56 na compra e R$ 2,66 na venda. No Rio, o paralelo fechou estável, a R$ 2,40 na compra e R$ 2,60 na venda. Já o dólar turismo de São Paulo subiu 0,40%, a R$ 2,32 e R$ 2,50 na compra e venda, respectivamente.