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Em cinco dias consecutivos de alta o dólar já subiu 4,04%. A moeda americana ameaçou romper esse ciclo nesta terça-feira, mas voltou a sofrer pressão e fechou em alta de 0,22%, a R$ 2,263 na compra e R$ 2,265 na venda. O Banco Central permaneceu firme na ponta de compra de dólares, recolhendo os recursos trazidos pelos exportadores ao país.

A terça-feira foi essencialmente positiva. A notícia da antecipação do pagamento de US$ 15,5 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) foi bem recebida, mas ajudou a pressionar a cotação para cima, porque significa saída de recursos do país. A expectativa de queda de juros também contribui. Segundo analistas do mercado de câmbio, o final de ano pode trazer um pouco mais de volatilidade, devido à redução da liquidez típica desse período.

- A partir da próxima semana, algumas empresas começam a conceder férias coletivas e a tendência é a liquidez se reduzir. Com isso, é possível que o dólar continue a subir um pouco - disse José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação.

Para os operadores, o Banco Central deverá interromper os leilões de "swap reverso" na próxima semana, considerada a última semana "útil" do ano. A interrupção se daria justamente devido ao estreitamento da liquidez. Segundo Carreira, os bancos continuam a reduzir suas posições "vendidas" em dólar, embora em ritmo menor. A participação dos exportadores, no entanto, têm contido esse movimento.

BOVESPA - Na análise por ações, um dos destaques é a ação preferencial da Varig, que sobe 11,9%, como reflexo da proposta para que o empresário Nelson Tanure assuma o controle da companhia aérea.

Outro destaque fica com as ações da Petrobras, que oscilam ao sabor de notícias sobre preços dos derivados de petróleo. A ação operou em queda com sinalizações do presidente da estatal de que os preços poderiam não acompanhar o mercado externo. Mas nesta tarde opera em alta, após um desmentido da companhia sobre política de preços.

Entre as 57 ações do Índice Bovespa, as maiores altas são de Sadia PN (+4,99%) e Cesp PN (+2,85%). As quedas mais significativas do índice são de Contax ON (-2,57%) e Telemar ON (-1,15%).

JUROS - As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa nesta véspera da definição sobre os juros básicos da economia. Os negócios com contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) projetaram aposta quase unânime em um corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, hoje de 18,50% ao ano.

Os índices de inflação divulgados recentemente trouxeram alívio ao mercado, por indicarem desaceleração do ritmo de reajustes de preços. Na segunda-feira, o IPC-Fipe e o IGP-M mostraram desaceleração em suas primeiras prévias de dezembro. Ainda assim, o mercado aposta na manutenção do conservadorismo do Comitê de Política Monetária (Copom).

O DI com vencimento em abril do ano que vem fechou com taxa de 17,40% ao ano, contra 17,43% do fechamento de segunda-feira. O vencimento de outubro terminou o dia com taxa de 16,67% anuais, frente aos 16,69% anteriores. A taxa de janeiro de 2007 recuou de 16,56% para 16,51% anuais.

BLACK - O dólar paralelo negociado em São Paulo fechou estável, cotado a R$ 2,35 na compra e R$ 2,45 na venda. O dólar turismo de São Paulo também não variou e terminou o dia a R$ 2,21 e R$ 2,36 na compra e venda, respectivamente.

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