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Mercado financeiro

Dólar fecha em baixa de 0,45% e tem discreta alta na semana. Bovespa recua 0,07%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) interrompeu uma seqüência de sete altas consecutivas e fechou em baixa de 0,07% nesta sexta-feira, com o Índice Bovespa em 31.920 pontos. Os negócios somaram R$ 1,05 bilhão, ainda menor que o registrado na véspera, dia de feriado no mercado americano.

Depois de uma sessão de poucos destaques o dólar fechou em baixa de 0,45% nesta sexta-feira, cotado a R$ 2,231 na compra e R$ 2,233 na venda. Mesmo com agressivas compras de recursos feitas pelo Banco Central, a moeda americana encerrou a semana com uma discreta alta acumulada, de 0,18%.

O intervalo de oscilação do Ibovespa foi muito pequeno, reflexo do menor volume de negócios e da escassez de notícias mais relevantes. O índice caminhou entre a mínima de -0,33% e a máxima de +0,36%. No acumulado da semana, o Ibovespa teve valorização de 2,63%, mostrando que o período foi proveitoso para os analistas.

Para isso, contribuiu a redução das especulações em torno da permanência do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. A bem-sucedida participação do ministro na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara e o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram determinantes para reverter a quase certeza, no mercado, de que Palocci estaria fora do governo.

Entre as 57 ações do Índice Bovespa, as maiores baixas do dia foram de Tele Leste Celular PN (-2,79%) e Tele Centro Oeste PN (-2,76%). As altas mais significativas do índice ficaram com Itausa PN (+2,60%) e Braskem PNA (+2,45%).

DólarA combinação entre juros elevados e superávits robustos da balança comercial, para os analistas, é a responsável pelas baixas do dólar neste ano. O Banco Central já comprou US$ 13,6 bilhões até outubro, mas não inverteu a tendência da cotação. Em outubro foram US$ 3,3 bilhões, cifra que deve se repetir em novembro.

- A única variável que tem mexido com o dólar são os "swaps" reversos do Banco Central. Mas mesmo com o BC intensificando as compras de dólares, a tendência que projetamos é de queda do dólar - disse João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, uma das maiores do país.

Segundo Medeiros, a balança comercial deverá continuar a mostrar números bastante positivos, elevando ainda mais o superávit das contas brasileiras. Com isso, ele vê a continuidade do real valorizado, o aumento de reservas e a redução da dívida externa brasileira.

- Estamos vivendo uma situação inédita, e o Banco Central está aproveitando o momento - disse ele, ao comentar o reforço das reservas cambiais gerado pelas compras de dólares neste ano.

O feriado americano do Dia de Ação de Graças, na quinta-feira, fez o mercado dos Estados Unidos operar em meio-período nesta sexta. Com isso, o volume de negócios continuou reduzido. O Banco Central não promoveu leilão de "swaps" reversos, o que favoreceu a queda da cotação. Apenas o tradicional leilão de compra no mercado à vista foi realizado, pela taxa de R$ 2,2333. Na terça-feira, o BC vendeu US$ 501,5 milhões em "swaps", o que na prática equivale a uma compra de dólares no mercado futuro.

JurosAs projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam próximas da estabilidade nesta sexta-feira, com leve indicação de alta. O mercado de juros teve como destaque na semana a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que terminou com um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, agora de 18,50% ao ano.

No dia, os destaques foram os índices de inflação. O principal foi o IPCA-15. A taxa mostrou uma aceleração em novembro, passando de 0,56% para 0,78%. A pressão veio especialmente dos aumentos de custos de transportes e alimentos. O IPC-Fipe, teve inflação de 0,44% na terceira quadrissemana, abaixo do 0,53% da quadrissemana anterior.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,19% ao ano, contra 18,18% do fechamento anterior. A taxa de outubro do ano que vem subiu de 17,01% para 17,04% anuais. O DI de janeiro de 2007 ficou com a taxa estável, em 16,94% anuais.

RiscoO risco-país brasileiro, medido pelo índice EMBI+ Brasil, fechou estável nesta sexta-feira, as 341 pontos centesimais. Entre a máxima e a mínima, o índice criado pelo banco JP Morgan oscilou entre 344 e 337 pontos. O EMBI+ Argentina terminou o dia em 355 pontos, em alta de 2.

ParaleloO dólar paralelo negociado em São Paulo fechou estável nesta sexta-feira, cotado a R$ 2,35 na compra e R$ 2,45 na venda. O dólar turismo de São Paulo caiu 0,43% e fechou a R$ 2,17 na compra e R$ 2,33 na venda.

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