A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa de 0,54% nesta sexta-feira, com o Índice Bovespa em 33.331 pontos. Os negócios somaram R$ 753,7 milhões, o menor desde o 5 de setembro. Com o resultado desta sexta, a bolsa paulista encerrou a semana com alta de 0,12%.
Em um dia de ajustes e baixa liquidez, o dólar à vista fechou em baixa de 0,56%, cotado a R$ 2,316 na compra e R$ 2,318 na venda. No acumulado da semana, a moeda americana registrou perda de 0,81% do seu valor frente ao real.
JUROS
As projeções do juros negociadas no mercado futuro fecharam com ligeira baixa nesta sexta-feira de negócios bastante reduzidos na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O dia teve poucas notícias, o que favoreceu o clima de feriado.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril de 2006 fechou com taxa de 17,38% ao ano, contra 17,39% do fechamento de quinta-feira. O DI de janeiro de 2007 teve a taxa reduzida de 16,33% anuais, frente aos 16,35% anteriores. A taxa do DI de abril de 2007 recuou de 16,20% para 16,18%. A taxa Selic é hoje de 18% ao ano.
RISCO
O dólar abriu em alta e chegou a subir até 1,37%. A virada aconteceu no início da tarde, quando se soube que o Banco Central rejeitou propostas dos bancos e vendeu apenas 69% da oferta de contratos de swap reverso, em valor equivalente a US$ 277 milhões.
O leilão de swap reverso equivale a uma compra de dólares futuros por parte do Banco Central. Como o resultado do leilão ficou abaixo do previsto, tesourarias bancárias passaram a vender dólares. O BC ainda comprou recursos no mercado à vista, o que apenas diminuiu o ritmo da queda.
- O dólar estava começando a se equilibrar, depois dos exageros de queda dos últimos dias. Mas o BC recusou propostas acabou levando os bancos a bater novamente no dólar - disse Ideaki Iha, operador da corretora Souza Barros.
Para Ideaki, a baixa também pode ter sido puxada por investidores "vendidos" no mercado futuro. É que o mês termina na próxima semana e os investidores certamente vão procurar influenciar o câmbio à vista, para conseguir melhores resultados na liquidação dos contratos futuros. Mas isso, segundo Hideaki, dependerá do apetite do Banco Central por dólares.
BOLSA
A liquidez reduzida foi a principal característica dos negócios no mercado de ações, que operou em total clima de fim de ano. O noticiário também foi escasso. Com a ausência de investidores de peso, que já encerraram os negócios de 2005, os negócios se concentraram no giro das tesourarias bancárias. As bolsas americanas andaram "de lado" e não chegaram a influenciar os negócios por aqui.
- O dia foi praticamente morto e não houve destaques significativos. Daqui até o dia 29 devemos ver apenas ajustes de carteiras - disse um profissional do mercado.
As ações preferenciais da Petrobras e da Telemar, as duas mais importantes da bolsa, fecharam em baixa de 0,67% e 1,32%, respectivamente. Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores baixas foram de Light ON (-2,82%) e Cemig ON (-2,71%). As altas mais significativas do índice foram de VCP PN (+3,31%) e Contax ON (+1,34%).
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