Depois de subir 2,26% em dois dias, o dólar "devolveu" boa parte da valorização e fechou em queda de 1,68% nesta quinta-feira. A moeda americana terminou o dia cotada por R$ 2,396 na compra e R$ 2,398 na venda. O risco-país caiu 7 pontos e fechou em 411 pontos centesimais. O mercado de ações comemorou o tom mais otimista da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e sentiu alívio com o depoimento sem provas do advogado Rogério Buratti. Com isso, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,58%, com 27.401 pontos e R$ 1,305 bilhão em negócios.
- O depoimento de Buratti à CPI dos Bingos não trouxe nenhuma prova, como o mercado temia. Portanto, não houve comprometimento do ministro Antônio Palocci (Fazenda) - disse Luiz Roberto Monteiro, ressaltando que nem por isso a volatilidade está afastada dos negócios.
Outro motivo que ajudou a valorizar as ações foi a ata do Copom, divulgada às 8h30m. O documento afirmou que há convergência da inflação para as metas do Banco Central e não sinalizou que os juros serão mantidos em patamares elevados por período prolongado. Com isso, aumentam as apostas no corte de juros a partir de setembro.
Entre as 55 ações do Índice Bovespa, as maiores altas foram de Net PN (+8,33%) e Tim Participações ON (+8,23%). As únicas baixas do índice foram de Aracruz PNB (-0,79%) e Petrobras ON (-0,42%) e Light ON (-0,28%).
Câmbio
A falta de novidades no depoimento de Rogério Buratti na CPI dos Bingos também foi fator determinante para a queda do dólar, dos juros e do risco-país. Apesar da forte queda da moeda americana, o volume de negócios foi baixo, como vem acontecendo desde o início da semana.
- É sempre a mesma coisa: o dólar infla com a expectativa em torno de determinados depoimentos, mas depois murcha, com a constatação de que não há provas das acusações - disse Shiguemi Fujisaki, gerente de câmbio da corretora Socopa.
Fujisaki afirma que a cautela dos investidores tem reduzido bastante o volume de negócios, que tem sido desanimador. Para ele, não há previsão de quando vai acabar a volatilidade, já que há muitos nomes para serem convocados nas CPIs do Congresso.
Juros
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em queda generalizada. O destaque do dia foi a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento trouxe como principal novidade a retirada da frase que defendia a manutenção dos juros em patamares elevados por um período prolongado.
A leitura do mercado foi de que os juros poderão começar a ser cortados, sim, em setembro. Com isso, as projeções da taxa Selic iniciaram o dia já em queda. O IPCA-15 de agosto detectou inflação de 0,28%, no teto das previsões. Mesmo assim, não abalou a queda das taxas.
Black
O dólar paralelo negociado em São Paulo fechou em baixa de 0,75% nesta quinta-feira, cotado a R$ 2,55 na compra e R$ 2,64 na venda. No Rio, o "black" terminou o dia estável, a R$ 2,45 na compra e R$ 2,58 na venda. O dólar turismo de São Paulo caiu 1,55%, a R$ 2,38 e R$ 2,54 na compra e venda, respectivamente.
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