Depois de três altas consecutivas, o dólar comercial voltou a fechar em queda nesta quinta-feira, último pregão do ano. A moeda americana, que se mostrou um péssimo investimento para 2005, terminou o dia em R$ 2,322 na compra e R$ 2,324 na venda, uma desvalorização de 0,90% de quarta para quinta-feira. No ano, o dólar caiu 12,4%. Em 30 de dezembro de 2004 era vendido a R$ 2,654.

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,96% nesta quinta-feira e encerrou o ano com 33.455 pontos. O ganho em 2005 foi de 27,71%, o que significa que quem apostou no mercado acionário teve vantagem.

- A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) apresentou um ótimo resultado em 2005, apesar da crise política. De longe, o investimento em ações foi a melhor opção. Quem optou pela renda fixa também se deu bem. Só quem apostou no dólar perdeu bastante - disse Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin.

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O risco-país fechou a quinta-feira em queda de 1 ponto, com 306 pontos centesimais. O EMBI+ brasileiro mede a percepção do investidor estrangeiro sobre o país. Neste ano, o risco já perdeu 73 pontos. Em 30 de dezembro do ano passado, o EMBI+ brasileiro estavam em 379 pontos-base. Por determinação do Banco Central, o mercado financeiro não funciona nesta sexta-feira, dia 30 de dezembro. No entanto, como as bolsas americanas estarão em atividade, o J.P. Morgan deverá divulgar o risco-país de sexta-feira.

O pregão foi tranqüilo nesta quinta-feira, mantendo a tendência registrada ao longo do ano. O volume de investimento chegou a R$ 1,246 bilhão. O Índice Bovespa abriu o último pregão do ano estável, mas logo começou a subir, impulsionado pela expectativa de abertura positiva das bolsas americanas. Na máxima, o índice atingiu 33.456 pontos.

Entre as ações mais negociadas hoje estiveram Petrobras PN, Bradesco PN e Embratel PN. As principais altas foram de Cemig PN (4,61%), Tran Paulista PN (4,51%) e VCP PN (3,57%). Caíram Unibanco INT (1,67%), Light ON (1,09%) e Brasil T Part ON (1%).

Em Nova York, o Índice Dow Jones fechou em queda de 0,09% e o Nasdaq teve redução de 0,40%. O destaque nos Estados Unidos foi o resultado dos pedidos de auxílio desemprego. O número de americanos que pediu seguro aumentou na semana passada em 3 mil. A quantidade de pessoas que pediu o benefício pela primeira vez subiu para 322 mil na semana terminada em 24 de dezembro (319 mil na semana anterior). O número da última semana ficou acima da estimativa dos analistas.

Com a agenda fraca no Brasil os investidores ficaram de olho no resultado do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), que, segundo apuração da Fundação Getúlio Vargas (FGV), passou de 0,40% em novembro para uma ligeira deflação de -0,01% em dezembro. No ano, a alta acumulada é de 1,21%.

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DÓLAR - A desvalorização do dólar frente ao real já era prevista desde o início do ano, mas a queda foi ainda maior do que o esperado. Ninguém imaginava que o dólar poderia chegar a R$ 2,20 (neste ano, o dólar chegou a ser vendido a R$ 2,163 no dia 11 de novembro) - disse Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin.

Na sua avaliação, contribuíram para a desvalorização do dólar a balança comercial superavitária e a alta taxa de juro, que possibilitou uma grande entrada de capital estrangeiro no país. Além disso, os negócios no Brasil foram beneficiados por uma grande liquidez internacional, que resultou em transferências de recursos para o país.

Segundo o economista, para 2006, o grande problema são as eleições, que podem trazer volatilidade para o mercado. Mas diferentemente de 2002, quando entrou o governo petista, a situação não deve ser de tanta instabilidade no ano que vem, de acordo com Campos Neto.

- Não há tendência de grande alta do dólar em 2006. No máximo, a moeda deve se valorizar em 5% ou 10%, para R$ 2,40 ou R$ 2,50 até o final do ano. A eleição é uma variável perigosa, mas não há perspectiva de estresse como ocorreu em 2002. Os fundamentos das contas externas estão bem, com o saldo em conta corrente, por exemplo, superavitário - disse Campos Neto.

Nesta quinta-feira, a moeda americana apresentou volatilidade até o início da tarde. A cotação subiu e desceu com facilidade por conta da formação da Ptax, que marca a disputa das tesourarias pela taxa média mensal que servirá de base para a liquidação de contratos que vencem na próxima segunda-feira. Na máxima, a moeda americana foi a R$ 2,352 e na mínima, a R$ 2,319 (cotação para a venda).

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O dólar comercial passou para o campo negativo, apesar do leilão de swap cambial do Banco Central. O BC vendeu 7,9 mil dos 8,4 mil contratos de swap cambial ofertados, arrecadando US$ 375,3 milhões com a operação. Na quarta-feira, o BC manteve o leilão de contratos de swap cambial e também comprou dólares no mercado à vista. No leilão de swap, foram vendidos contratos equivalentes a US$ 356 milhões.

AÇÕES - Com a agenda fraca no Brasil, os investidores ficaram de olho no resultado do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), que, segundo apuração da Fundação Getúlio Vargas (FGV), passou de 0,40% em novembro para uma ligeira deflação de -0,01% em dezembro. No ano, a alta acumulada foi de 1,21%.

JUROS - Depois de fecharem em alta na quarta-feira, por conta do tom mais conservador do relatório de inflação do Banco Central, os juros futuros voltaram a cair nesta quinta-feira, principalmente nos contratos de curto prazo, com vencimento no ano que vem. O contrato de janeiro de 2006 passou de 17,96% para 17,93% e o de abril caiu de 17,38% para 17,36%. O DI de julho do ano que vem ficou em 16,86%, ante 16,89% do fechamento anterior.

Já os contratos de janeiro e outubro de 2007 terminaram em alta na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2007, o mais líquido, encerrou o dia em 16,39% ao ano (16,38% no fechamento anterior). Para outubro de 2007, o DI ficou em 15,95%, contra 15,94% de quarta-feira.

PARALELO - O dólar paralelo fechou o último pregão de 2005 estável, a R$ 2,430 na compra e R$ 2,530 na venda. No ano, a moeda apresentou desvalorização de 15,9% (em 30 de dezembro de 2004 estava cotada a R$ 3,01 na venda). O dólar turismo terminou a quinta-feira em queda de 0,81%, a R$ 2,290 na compra e R$ 2,440 na venda.

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