O dólar comercial voltou a fechar em queda nesta quarta-feira. A moeda americana terminou o dia com redução de 1,13%, a R$ 2,356 na compra e R$ 2,358 na venda. No mês, o dólar acumula queda de 0,92% e no ano, desvalorização de 11,15%, uma aplicação nada recomendável.
Hoje, particularmente, na briga entre comprados e vendidos para a formação da Ptax, venceu os que apostavam na queda da moeda. A Ptax é a taxa média do dólar que será usada para a liquidação dos contratos na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) amanhã, primeiro dia de setembro.
"Hoje, independente de qualquer notícia, o dólar iria cair. Nada atrapalharia a queda, já que os vendidos estavam em maior número. Mas se não fosse a Ptax, a moeda poderia subir um pouco e ficar em torno de R$ 2,40, com a alta do petróleo no mercado internacional. Nesta quinta-feira, possivelmente, a moeda volte a subir um pouco mais", afirmou Hideaki Iha, analista da Corretora Souza Barros.
A moeda acumulou queda em agosto, apesar da crise política. Houve volatilidade com as denúncias de corrupção que envolveram o ministro da Fazenda Antonio Palocci, mas logo a desvalorização voltou a ocorrer, com falta de provas contra o ministro e com os muitos dados econômicos que mostraram uma economia sólida no Brasil, segundo o analista da Souza Barros.
"Parecia que tudo ficaria ruim com as denúncias de Rogério Buratti (ex-assessor de Palocci na época em que era prefeito de Ribeirão Preto), mas a situação se tranqüilizou, ancorada pela economia sólida, saudável", afirmou Iha.
A cautela, no entanto, deve permanecer daqui para a frente, com os novos depoimentos esperados nas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Para Iha, o mês de setembro começa com um certo ajuste na cotação. Até o final de 2005, segundo ele, a moeda deve subir um pouco, com as preocupações em relação ao petróleo e com um ajuste natural que sempre ocorre nesse período do ano nas posições dos investidores.
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