Depois de três dias em alta, o dólar comercial fechou a sexta-feira em queda de 1,91%, a R$ 2,246 na compra e R$ 2,248 na venda, na mínima do dia. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia às 17 horas 2,46%, para 29.948 pontos (volume financeiro de R$ 1,652 bilhão) e o risco-país tinha queda de 11 pontos, para 373 pontos centesimais.

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O mercado devolveu nesta sexta-feira parte da alta acumulada nos últimos dias, de quase 3%. Nesta semana, a moeda americana fechou estável apenas na segunda-feira. Na terça subiu 1,44%, na quarta 0,31% e na quinta, 1,10%. Segundo José Roberto Carreira, os negócios acompanharam a melhora no cenário externo.

- Nem mesmo o leilão do Banco Central para a compra de moeda foi suficiente para elevar a cotação. O mercado, que achava que o BC compraria o dólar por um preço maior, acabou despencando. Apenas 12 bancos aceitaram a taxa do BC. À tarde, principalmente, houve bastante venda de dólares. Ninguém quis ficar com a moeda na mão, já pressentindo que o BC poderá não atuar na segunda-feira, dia de pouco movimento por conta de um feriado em Nova York - disse Carreira.

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O leilão do BC durou apenas 10 minutos e terminou por volta das 11h30m. A taxa de corte foi fixada em R$ 2,2700. O volume comprado não foi informado. Os leilões do BC estavam suspensos desde março. Nesta semana, o Banco Central só não atuou no mercado ontem, quinta-feira, quando o dólar subiu naturalmente com a preocupação em relação a continuidade ou não da alta da taxa de juro nos Estados Unidos, por conta de um possível repique inflacionário.

Nesta sexta, o cenário externo ajudou bastante na recuperação dos ativos brasileiros. Segundo o Departamento de Trabalho americano, o nível de emprego subiu de 4,9% em agosto para 5,1% no mês passado. Apesar disso, o número de vagas fechadas foi bem menor do que o esperado. Foram fechados 35 mil postos de trabalho depois que o furacão Katrina passou, bem menos do que a estimativa, de 150 mil vagas perdidas.

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), as taxas de juros futuros fecharam em queda em todos os contratos. Para novembro deste ano, o Depósito Interfinanceiro (DI) terminou o dia em 19,26%, contra 19,30% do fechamento anterior. O DI de janeiro de 2006 ficou em 18,91%, ante 18,95% de quinta-feira, e o de abril passou para 18,45%, contra 18,50% do último pregão. O contrato de outubro de 2006 ficou em 17,92% (17,97% no fechamento anterior) e o de janeiro de 2007, o mais negociado, fechou o dia em 17,74% (17,79% na quinta-feira).

Ontem, as taxas de juros futuros subiram com o crescimento de 1,1% da produção industrial em agosto (acima das expectativas) e com as preocupações em torno da continuidade da alta de juros nos Estados Unidos. Com a melhora no cenário externo, nesta sexta-feira, as taxas devolveram na BM&F a forte alta de ontem. Mas o mercado ainda está bastante dividido em relação a queda de 0,25 ou de 0,5 ponto percentual na Selic na reunião desde mês do Comitê de Política Monetária (Copom). Na última reunião, a Selic caiu 0,25 ponto, para 19,50% ao ano.