Dólar fecha manhã em ligeira alta de 0,04%. Bovespa cai 0,06%

Apoiado nos dados positivos da economia, o mercado financeiro operou nesta manhã de sexta-feira com tranqüilidade e somente apresentou um pouco mais de pressão no início da tarde, com a proximidade do final de semana e a preocupação com possíveis novas denúncias contra o governo. O dólar comercial fechou a primeira etapa com ligeira alta de 0,04%, a R$ 2,304 na compra e R$ 2,306 na venda. Na mínima do dia chegou a R$ 2,288 na venda.

O risco-país, medido pelo J.P. Morgan, tinha às 13h10m redução de 10 pontos (-2,59%), para 376 pontos-base. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o pregão estável e chegou a subir mais de 1,5%, mas depois recuou logo após a abertura negativa das bolsas americanas. O Ibovespa fechou a primeira etapa com pequena queda de 0,06% e 26.452 pontos (volume financeiro de R$ 704,2 milhões). Para os analistas, ainda preocupa os investidores em ações o preço alto do petróleo no mercado internacional.

Entre as ações mais negociadas estavam há pouco NET PN, Gerdau PN e Usiminas PNA. As ações da NET puxaram a Bovespa para cima desde a abertura dos negócios, refletindo os bons resultados da empresa. Há pouco, os papéis PN subiam 7,14%. Também estavam entre as principais altas na Bolsa de Valores de São Paulo Gerdau PN (3,07%) e Gerdau PN Met PN (2,25%). Caíam Brasil ON (4,26%), Tele Leste Celular PN (3,37%) e CRT Celular PNA (3,36%).

- Houve uma pequena variação pela manhã, mas o mercado está relativamente tranqüilo, reflexo da queda do risco-país. Inicialmente, nesta sexta-feira, a moeda americana acompanhou a alta de quase meio por cento do dólar em relação ao euro e a libra, mas o fluxo ainda é forte e a cotação não se sustenta - afirmou Mário Battistel, diretor de câmbio da Corretora Novação.

A cotação do dólar é a mais baixa desde 12 de abril de 2002, quando fechou em R$ 2,294 na venda. O mercado ficou de olho nesta manhã nos dados americanos e no desempenho da produção industrial. Os dados de emprego nos Estados Unidos foram melhores do que o esperado. Foram criados em julho nos Estados Unidos 207 mil empregos, número acima das expectativas dos analistas. A taxa de desemprego manteve-se em 5%, de acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial do país cresceu 5% no primeiro semestre deste ano. No mês de junho e em relação a maio, a expansão foi de 1,6%, já descontados os efeitos sazonais.