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Dólar minimiza compras do BC e fecha abaixo de R$ 2,20

As compras agressivas de dólares pelo Banco Central já se mostram insuficientes para barrar a queda da cotação. Pelo segundo dia consecutivo, o dólar minimizou o leilão de "swap" reverso do BC e fechou abaixo de R$ 2,20. A moeda americana caiu 0,59% e terminou o dia valendo R$ 2,187 na compra e R$ 2,189 na venda. Por volta das 17 horas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tinha alta de 0,33%.

O BC vendeu 10.400 contratos de swap reverso, e já tinha vendido outros 10.500 na segunda-feira, totalizando US$ 1 bilhão. Como tem feito diariamente, a autoridade monetária também comprou dólares no mercado à vista, pagando até R$ 2,195. Nenhuma das duas ações conseguiu barrar a queda do dólar.

Segundo operadores, a combinação entre fluxo cambial positivo e pressão dos investidores "vendidos" no mercado futuro foi determinante da queda. Aos "vendidos" interessa derrubar a Ptax (média das cotações) de quarta-feira, quando são definidos os valores para liquidação de contratos futuros. Outro destaque do dia que contribuiu para a queda da cotação foi a notícia da reabertura da emissão de bônus em dólar, com vencimento em 2034.

- Acreditamos mesmo que em algum momento, do qual não estamos distantes, as tesourarias bancárias vão começar a exigir maior remuneração nos leilões de "swap" reverso. Essa é uma forma discreta de demonstrar menor interesse em participar destas transações - disse Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da corretora NGO.

Para Ideaki Iha, da corretora Souza Barros, a tendência é o dólar continuar a cair, a não ser que os juros sejam reduzidos com maior força, ou que o Banco Central se torne mais agressivo nas compras de dólares. Em outubro o BC comprou mais de US$ 3,3 bilhões de dólares no mercado à vista, cifra que pode ser superada em novembro.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa, apesar de o IGP-M de novembro ter ficado acima das estimativas. O indicador de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) ficou em 0,40% este mês, contra 0,60% de outubro. A previsão era de 0,30%.

Segundo analistas, a possibilidade de o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre mostrar desaceleração leva investidores a apostar na ampliação do ritmo de corte de juros. Os dados do PIB serão divulgados nesta quarta-feira. Outro destaque para o mercado futuro de juros será a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na semana passada reduziu os juros básicos da economia (Selic) em 0,5 ponto percentual.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,15% ao ano, contra 18,11% do fechamento de segunda-feira. O DI de outubro do ano que vem teve a taxa reduzida de 17,03% para 17% anuais. A taxa do DI de janeiro de 2007 caiu de 16,94% para 16,90% anuais.

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