Dólar repercute fala de Palocci e cai. Bolsa sobe

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta significativa neste fim de manhã, refletindo principalmente uma melhora na tensão com o cenário político. Às 12h09m, o Índice Bovespa tinha 30.853 pontos, com valorização de 1,22%. O dólar recuava 0,64% no mesmo horário, cotado a R$ 2,188 na compra e R$ 2,190 na venda.

Foi considerada bem-sucedida a participação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, na quarta-feira. A habilidade do ministro na resposta das perguntas fortalece Palocci, que provavelmente terá de enfrentar também a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos.

Os dados econômicos que estão sendo divulgados no Brasil e Estados Unidos não fogem do previsto. As vendas no varejo em setembro ficaram praticamente estáveis em setembro. Nos Estados Unidos, os pedidos de seguro-desemprego recuaram na última semana, num sinal de que a economia local está aquecida.

O dólar não cai mais devido à cautela do investidor. É que com a cotação abaixo dos R$ 2,20, aumentam as especulações de que o Banco Central pode promover leilão de "swaps" reversos, o que não acontece desde março. O anúncio somente aconteceria no final da tarde. Até lá, o BC certamente já terá promovido sua tradicional compra de dólares no mercado à vista. Ainda assim, a ação não terá impacto para levar o dólar à alta.

No mercado futuro de juros, as projeções da taxa Selic operam em baixa. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2007 tem taxa de 17,16% ao ano, contra 17,24% do fechamento de quarta-feira.

Entre as ações que fazem parte do Índice Bovespa, as maiores altas são de Contax PN (+3,22%) e Cemig ON (+2,87%). As quedas mais significativas do índice são de Itausa PN (-0,53%) e Telesp PN (-0,46%).

RISCO - No mercado de títulos da dívida externa, os papéis brasileiros continuam a subir. O Global 40, mais negociado deles e também o título mais longo do Brasil (vence em 2040), tem alta de 0,21%, cotado a 122,13% do seu valor de face. O risco-país nacional recua 6 pontos, para 347 pontos centesimais.