O mercado de câmbio teve um dia mais tranqüilo nesta quarta-feira, diante da melhora do cenário político e da presença mais discreta do Banco Central. A moeda americana recuou 0,13%, cotada por R$ 2,240 na compra e R$ 2,242 na venda. Por volta das 17 horas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 1,24%, aos 31.880 pontos.
A não-realização de leilão de "swap" reverso por parte do Banco Central já foi motivo suficiente para o dólar corrigir parte da alta de 1,04% da véspera. Mas também contribuiu para reduzir a pressão de compra a constatação de que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, permanecerá no governo.
A queda do dólar não foi maior porque o Banco Central comprou recursos diretamente dos bancos, enxugando o excesso de oferta. A autoridade monetária comprou dólares por até R$ 2,237. A partir de então, a cotação perdeu fôlego e fechou perto da máxima do dia.
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa neste dia decisivo para o mercado de juros. No segundo dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), as apostas dos investidores foram de um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic (de 19% ao ano).
Nos negócios na BM&F, a projeção média foi de um corte de 0,52 ponto na Selic, mostrando que poucas foram as apostas em uma queda maior que 0,50 ponto. Apesar disso, os analistas acreditam que haveria espaço para o Copom cortar a taxa de maneira mais ousada, como forma de incentivar o aquecimento da economia.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,16% ao ano, contra 18,20% do fechamento de terça-feira. O DI de outubro do ano que vem teve a taxa reduzida de 17,06% para 17,03% anuais. A taxa de janeiro de 2007 caiu de 17% para 16,96% anuais.