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Negócio da China

É proibido vender pedaços da Lua, alerta Pequim

A Administração de Indústria e Comércio de Pequim retirou a licença da empresa americana 'Embaixada Lunar" para vender partes da Lua aos cidadãos chineses. A oferta fora anunciada há duas semanas.

A empresa chinesa associada com a "Embaixada Lunar" suspendeu suas operações, acusada de especulação, violação de normas estatais e "alteração da ordem social e econômica", segundo nota do governo do distrito de Chaoyang e divulgada pela agência oficial Xinhua.

Em setembro, a empresa americana, aproveitando a euforia que as viagens de astronautas chinesas despertaram no país asiático, lançou seu negócio na China. Em outubro, o próprio fundador da companhia, que existe desde 1990, Dennis Hoper, fez a apresentação à imprensa.

De acordo com a empresa, um cidadão chinês poderia comprar um acre da Lua (0,405 hectares) por US$ 37, o que concederia ao proprietário o direito de usar os minerais existentes desde a superfície e até três quilômetros abaixo desta.

A "Embaixada Lunar" garantiu que a venda tinha base legal, já que o tratado da ONU sobre Espaço Externo, firmado em 1967, estabelece que os governos da Terra não podem reclamar propriedade alguma sobre pedaços da Lua, mas não faz referência alguma a empresas ou indivíduos.

A empresa já ofereceu vendas de terra da Lua nos EUA, Alemanha, Reino Unido, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia e Japão.

- É ridículo, a Lua pertence à Humanidade. Uma companhia não pode vendê-la - disse um cidadão de Pequim citado pela Xinhua.

Uma outra notícia relacionada ao espaço apareceu nesta segunda-feira na imprensa oficial chinesa. Os três astronautas do país que viajaram ao espaço (Yang Liwei, Fei Junlong e Nie Haisheng) se matricularam na Universidade de Tsinghua, uma das mais respeitadas da China.

Os três e outros 11 pilotos das Forças Armadas que participaram do programa nacional de formação de astronautas trocarão os aviões pelas salas de aula por dois anos, tempo em que concluirão um curso de engenharia espacial.

A universidade, na qual se formou o atual presidente chinês, Hu Jintao, garantiu que os astronautas serão tratados como qualquer estudante do campus, tendo que se submeter a exames orais e escritos para obter o diploma.

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