O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro - que se reuniu nesta sexta-feira com o presidente da República para apresentar uma agenda mínima para o país - afirmou que o encontro foi positivo e que Lula teve uma postura serena e não fez desabafos com os empresários que participaram do encontro. Monteiro afirmou ainda que Lula reconheceu a importância de uma agenda mínima para que a crise política não afete o país ou a economia.

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- O presidente disse que é importante criar condições para que não haja um quadro que possa vir a prejudicar o país e a economia - disse Monteiro.

O presidente da CNI afirmou ainda que a agenda mínima é importante porque não se blinda a economia com discurso:

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- Não se blinda a economia com medidas artificiais, nem com discurso, nem com atos de vontade. Você blinda a economia se cada poder continuar a cumprir minimamente o seu papel. Queremos que o governo governe e que o Congresso legisle, independemente do processo político, que tem sua dinâmica própria - disse.

O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Antônio Ernesto de Salvo, também afirmou que o presidente Lula estava tranqüilo durante a reunião e reconheceu que é preciso apurar as denúncias na área política, mas desde que isso seja feito com serenidade para que o Congresso não deixe de funcionar.

No documento apresentado ao presidente, os empresários afirmam que o cenário político e as eventuais conseqüências das investigações que estão sendo feitas no Congresso não devem levar o Brasil à paralisia.

O documento acabou amplo e inclui desde reformas estruturais a projetos técnicos. A lista de empresários recebidos pelo presidente incluiu, além do presidente da CNI, Armando Monteiro, o presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau.

O aumento do superávit primário do governo (receita menos despesas sem considerar pagamento de juros) com redução dos gastos públicos é um dos itens que constam do documento elaborado por CNI, Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Confederação Nacional do Comércio (CNC), Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e Ação Empresarial.

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Entre outras medidas, os empresários sugerem que o governo adote uma meta de superávit primário maior do que a prevista para este ano, que é de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB), por meio da redução dos gastos correntes e preservando investimentos.