Com a virada do semestre, muita gente avalia iniciar uma pós-graduação. Nessa hora, há dois rumos a seguir. Existem cursos que aumentam o foco do profissional em uma área que ele já domina e outros que ajudam a abrir portas para novas áreas de conhecimento. A avaliação de qual desses dois caminhos seguir pode assegurar que o investimento terá o retorno desejado.
INFOGRÁFICO: Veja um esquema que ajuda a decidir o tipo de pós a fazer
Monalisa Fernandes, 23, atua com atendimento ao cliente, com foco em engajamento e fidelização, e trabalha com diferentes perfis. A rotina da profissional de relações públicas faz com que ela reforce o interesse que sempre teve na psicologia e desperta a vontade de fazer uma especialização na área. Agora, ela tem dúvidas entre fazer uma especialização que aprofunde os conhecimentos que ela já aplica, ou tornar seus estudos mais abrangentes, fazendo uma pós que trate de comunicação e psicologia.
Se seguir a segunda opção, Monalisa terá mais um embate. É que ela não encontrou nenhuma especialização com conteúdo das duas áreas em regime presencial. Algumas instituições oferecem cursos de ensino a distância (EaD) com uma grade curricular interessante, mas ela sente receio. “Tenho medo que a dinâmica seja chata, eu e meu computador, sem a emoção de estar dentro de uma sala de aula. Minha insegurança é que isso faça com que eu apreenda menos conteúdos. E também tenho dúvidas sobre o reconhecimento do diploma no mercado”, afirma.
Critérios
Alexandre Weiler, professor e consultor de carreira, orienta os profissionais a avaliarem em primeiro lugar seu desempenho no trabalho. “O maior balizador é a rotina. Se estou com dificuldades de realizar minhas atividades diárias, sinto que preciso de mais conhecimento, é um sinal claríssimo de que preciso me aprimorar ainda mais. Caso eu sinta que estou tranquilo e seguro no que faço diariamente, é preciso continuar crescendo e aí farei isso numa área complementar”, explica.
A sócia do Grupo Fesap e especialista em recrutamento Kassiana Urnau afirma que a maioria dos cargos para os quais faz recrutamento têm como pré-requisito uma formação – além da graduação – específica na área da vaga. Ela chama a atenção daqueles que querem mudar de área para um detalhe importante: a experiência conta muito.
“Se você quer mudar, uma pós ajuda a se inserir numa nova área. É um momento de trocar conhecimento com outros profissionais, entender se é aquilo mesmo que a pessoa quer”, diz. Urnau reforça que, dependendo da mudança, pode ser necessário fazer outra graduação, porque uma especialização nem sempre é suficiente.
EaD peca no networking, mas é flexível
Quem busca comodidade e algo que não pese no orçamento, encontra a solução nos cursos semipresenciais e a distância. Esses modelos de ensino são mais flexíveis e ajudam também quem precisa da qualificação o quanto antes para se aprimorar no mercado de trabalho.
Contudo, existem algumas desvantagens. A principal delas, de acordo com o consultor Alexandre Weiler é a falta de uma rede de contatos. “A formação presencial garante networking. O aluno tem um ganho mais forte em interação com o docente e com os colegas, desenvolve parceiros de negócios.” O especialista indica que a opção EaD seja feita apenas se a pessoa morar em regiões onde a oferta de programas de qualidade seja restrita.
Além disso, os especialistas orientam a buscar o máximo de qualidade possível. “O certificado abre portas e o que mantem elas abertas são os resultados, que dependem das competências e do conteúdo que o aluno absorveu ao longo desse período”, diz Weiler. Kassiana Urnau lembra que muitas universidades internacionais – Harvard, por exemplo – oferecem cursos a distância para outros países. O importante é que a formação seja boa o suficiente para suprir a falta que os fóruns, simpósios e outras ações de cursos presenciais vão fazer.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Teólogo pró-Lula sugere que igrejas agradeçam a Deus pelo “livramento do golpe”
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Deixe sua opinião