A expectativa deu o tom do mercado financeiro nesta manhã. Os dois principais eventos do dia são a definição da taxa Selic e a votação da cassação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Depois de dois dias de correções, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a manhã em alta de 0,52%, aos 29.023 pontos. O dólar subiu 0,38%, cotado a R$ 2,335 na compra e R$ 2,337 na venda.
É consenso entre investidores que a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) terminará com um corte nos juros básicos da economia, provavelmente de 0,25 ponto percentual. Uma queda de 0,50 ponto também é discutida, mas é encarada como pouco provável. A taxa Selic é hoje de 19,75% ao ano, definida em maio e mantida desde então.
- Mesmo que ocorra um corte mais substancial na Selic, pouco efeito causará no câmbio, pois a taxa real de juros ainda permanecerá elevadíssima. Mas esse fato sempre causa expectativa no mercado - diz Sidnei Moura Nehme, diretor da corretora NGO.
O clima de compasso de espera da manhã conviveu com o monitoramento do noticiário interno e externo. Mereceu destaque a participação de Sebastião Buani, dono do restaurante da Câmara, que apresentou uma cópia de cheque seu, de R$ 7.500. O título foi sacado pela secretária particular do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, cuja situação fica cada vez mais difícil.
A votação da cassação de Roberto Jefferson promete emoção no período da tarde. O deputado fará um discurso de defesa e já adiantou que citará o presidente Lula, o que causa tensão no mercado.
Na Bovespa, a alta é atribuída a um ajuste, depois de dois dias seguidos de realização de lucros. No câmbio, as explicações variam entre movimentos de fluxo, cautela com o início do processo de cortes de juros e também pela compra de dólares feita diariamente pelo Banco do Brasil.
Entre as 57 ações do Índice Bovespa, as maiores altas são de Unibanco Unit (+3,64%) e Bradespar PN (+2,70%). As baixas mais significativas do índice são de Braskem PNA (-1,80%) e Klabin PN (-1,52%).
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