De acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Georgrafia e Estatística (IBGE), em julho o indicador do emprego industrial não apresentou variação, mantendo-se estável (0%) em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais.
No confronto com mesmo mês do ano passado, no entanto, o índice registrou aumento de 1,1% e o acumulado no ano ficou em 2,1%. No acumulado nos últimos doze meses, observou-se ligeiro recuo entre junho (2,9%) e julho (2,8%).
Em relação a julho de 2004, nove das 14 áreas investigadas contribuíram positivamente no resultado geral, com destaque para São Paulo (3,2%) e Minas Gerais (3,6%). Nos dois estados, alimentos e bebidas e produtos de metal foram os ramos determinantes na formação dos resultados locais.
Entre as áreas que reduziram o emprego, as principais influências negativas vieram do Rio Grande do Sul (-7,0%) e Santa Catarina (-0,8%). Calçados e artigos de couro (-20,8%) na indústria gaúcha e madeira (-12,3%), na catarinense, foram os principais responsáveis pela redução do número de trabalhadores nesses estados.
Em nível nacional, os principais impactos positivos para o aumento do número de pessoas ocupadas, frente a julho de 2004, vieram de alimentos e bebidas (8,9%), meios de transporte (8,0%) e produtos de metal (9,9%). Por outro lado, calçados e artigos de couro (-14,0%) e madeira (-12,1%) foram as contribuições negativas mais significativas.
No acumulado no ano, o crescimento de 2,1% é explicado, sobretudo, pelos resultados de 12 dos 14 locais e 10 dos 18 segmentos pesquisados. No total do País, os principais destaques, em termos de participação, foram observados em alimentos e bebidas (7,3%), meios de transporte (11,5%) e máquinas e equipamentos (3,7%).
No corte regional, São Paulo (3,0%) e Minas Gerais (4,4%) responderam pelas principais contribuições positivas. No parque industrial paulista, as principais pressões vieram de alimentos e bebidas e meios de transporte, ambos com 12,1% e, no mineiro, as mais importantes foram produtos de metal (31,7%) e meios de transporte (11,3%).
Ainda nesta comparação, em sentido contrário, Rio Grande do Sul (-4,5%) e Rio de Janeiro (-1,1%), entre os locais, e calçados e artigos de couro (-9,7%) e vestuário (-3,5%), entre os setores, representaram as principais contribuições negativas.
A estabilidade do nível de emprego entre junho e julho, após a redução de 0,6% observada em maio/junho, leva o índice de média móvel trimestral a sinalizar trajetória descendente, com queda de 0,2% entre os trimestres encerrados em junho e julho.