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Empresas comparam desempenho para crescer

Confira os 11 indicadores do benchmarking estadual de RH |
Confira os 11 indicadores do benchmarking estadual de RH (Foto: )

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Uma das grandes vedetes da administração moderna começa a ser usada por empresas paranaenses para comparar suas práticas na área de Recursos Humanos. O chamado benchmarking é, basicamente, a comparação entre produtos, serviços ou práticas de uma companhia em relação às suas concorrentes ou em relação a um padrão de excelência preestabelecido. No caso paranaense, cem empresas aderiram ao projeto de Benchmarking Estadual de Recursos Humanos, uma parceria do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getulio Vargas (Isae/FGV) com a seccional Paraná da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-PR) e a Bachmann e Associados. Os primeiros resultados devem ser divulgados dentro de 30 ou 40 dias, segundo a ABRH.

A ideia do projeto é que as empresas possam comparar alguns indicadores e práticas na área de RH com outras companhias do estado, sejam elas do mesmo segmento ou não. "Às vezes você acha que está muito bem num indicador, mas, na verdade, você está muito aquém da média. Por isso é importante ter essa atividade de benchmarking", explica o professor Norman Arruda Filho, superintendente do Isae/FGV. "A empresa até vive sem [o benchmarking], mas ela corre o risco de ficar um pouco míope. Hoje todo mundo está buscando resultado, produtividade e qualidade. Se eu olho os meus números e percebo que eles estão evoluindo positivamente, eu fico feliz. Mas de repente meu concorrente evolui numa velocidade muito mais rápida que eu", completa Sônia Gurgel, presidente da ABRH-PR.

Cultura

Para esta primeira etapa do trabalho, foram definidos 11 indicadores, como absenteísmo, rotatividade, grau de terceirização e índice de retenção, entre outros. Sônia explica que o primeiro trabalho é justamente o de se implantar uma cultura de medição de processos e indicadores dentro das empresas. "As empresas querem os indicadores mas não querem informá-los, por duas razões: não têm os números prontos ou têm receio de informar isso. Então elas têm primeiro que aprender a usar esta ferramenta e a confiar nela."

"Um dos maiores benefícios é poder ter uma comparação da performance da sua organização, identificando ‘gaps’. As defasagens podem ocorrer por uma série de motivos. Pode ser por uma tecnologia que não é adequada, ou porque você cometeu equívocos em termos de gestão, porque você tem que investir mais em capacitação ou até porque você tem um problema de infraestrutura", diz Arruda Filho, do Isae.

Os dados informados pelas companhias estão em fase de avaliação sobre sua consistência e possível correção. Depois, serão tabulados e consolidados. Ao final, é elaborado um relatório – cada empresa recebe um número e pode se comparar às outras nos indicadores definidos. Ela sabe o lugar que ocupa no relatório, mas não sabe quem são as outras que estão com dados melhores ou piores que ela.

Esse tipo de trabalho, explica Arruda Filho, é importante não só para as companhias do estado, mas também para aquelas que estão prospectando a instalação por aqui. Ele conta que trabalhou na implantação de uma multinacional no Brasil, e os gestores de RH precisavam de informações sobre a realidade brasileira e paranaense, como rotatividade de funcionários, por exemplo. "Mas a gente não tinha informações para comparar. E claro que não dava para comparar a rotatividade no Brasil com a de outros países. É outra realidade."

Sônia e Norman acreditam que, no futuro, o trabalho possa evoluir bastante – tanto em termos de empresas participantes quanto da qualidade dos relatórios. Uma ideia é ampliar o número de indicadores e também fazer análises mais segmentadas, seja por região ou por setor de atividade das empresas.

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