Uma forte estiagem na Espanha - a mais grave desde que o país começou a medir o seu nível pluviométrico, em 1947 - afetou a plantação de oliveiras do maior produtor mundial de azeite de oliva extra-virgem e provocou a disparada do preço do produto no mercado internacional.
Os agricultores espanhóis estimam que a colheita será 30% menor neste ano e, com isso, os preços já estão 20% mais caros no mercado internacional do que há um ano.
A situação preocupa os fabricantes. Embora ainda não esteja acontecendo, os consumidores tendem a substituir o azeite por seu concorrente mais barato, o óleo de girassol, que está até cinco vezes mais barato.
Mesmo antes do início da seca, os produtores de azeite já vinham reduzindo suas expectativas de colheita. Uma forte geada atingiu a Espanha neste ano, destruindo cerca de 4% das oliveiras do país. De acordo com a Federação de Cooperativas Espanhola CCAE, algumas das árvores terão que ser replantadas e demorarão pelo menos cinco anos antes de começar a produzir de novo.
Os produtores esperam que a estiagem acabe antes das chuvas de novembro. Mas, mesmo com a mudança repentina do clima, eles não acreditam que a produção chegue às 981 mil toneladas do ano passado, que já tinha ficado muito aquém das 1,4 milhões do ano anterior. A Espanha consome cerca de 600 mil toneladas de todo o azeite extra-virgem produzindo no país e exporta o resto, principalmente para a Itália, segunda maior produtora do azeite.
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