Os investidores estrangeiros lideram as ordens de venda na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na manhã desta sexta-feira. Às 11h55m, o Índice Bovespa tinha 29.258 pontos, com queda de 2,08%. O dólar tinha baixa de 0,18%, cotado a R$ 2,253 na compra e R$ 2,255 na venda.
Boa parte das vendas dos fundos estrangeiros tem como motivação os problemas com a corretora americana Refco Securities. A descoberta de irregularidades na gestão da corretora estaria levando os "hedge funds" a realizar lucros em mercados emergentes, para compensar possíveis prejuízos com operações ligadas à corretora americana.
- As informações são de que a Refco é uma corretora que trabalha com forte alavancagem nos mercados americanos e também nos emergentes. É o principal motivo das vendas dos estrangeiros - disse Luiz Roberto Monteiro, da corretora Souza Barros.
Os mercados iniciaram o dia atentos à inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que ficou em 1,2% em setembro, a maior em 25 anos. O núcleo da inflação, expurgados os preços de energia e alimentação, ficou em 0,1%, abaixo das estimativas.
A inflação americana acabou por arrefecer o nervosismo com um possível aumento de juros mais forte nos Estados Unidos. A queda da produção industrial e da confiança do consumidor naquele país também sugeriram que não seria o momento de aumentar o aperto monetário. Com isso, as bolsas americanas operam em leve alta.
Já os títulos da dívida externa brasileira têm nova rodada de baixas, também com influência da realocação de recursos internacionais. O Global 40 cai 0,21%, cotado a 117,25% do seu valor de face. O risco-país brasileiro sobe 12 pontos e atinge 401 pontos centesimais. É o maior patamar do risco em mais de um mês.
Entre as ações que fazem parte do Índice Bovespa, as maiores quedas são de Tele Leste Celular PN (-6,34%) e Cemig ON (-5,12%). As únicas altas são de Braskem PNA (+0,92%), Sadia PN (+0,72%) e Telemar PN (+0,48%).
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