WASHINGTON - Os Estados Unidos irão avisar aos seus principais parceiros comerciais nesta segunda-feira que o país está pronto para fazer "ambiciosos cortes de subsídios agrícolas" caso outros países façam concessões parecidas.
A esperada proposta dos Estados Unidos acontece semanas após uma série de consultas e reuniões entre o representante do Departamento de Comércio Americano Rob Portman e de deputados, incluindo o presidente do Congresso e de comitês agrícolas do Senado que deram a Portman instruções detalhadas sobre como conseguir acordo para a obtenção da aprovação do projeto no Congresso.
Portman está colhendo os frutos das discussões com a União Européia, Brasil, India e uma dúzia de outros parceiros considerados fundamentais para Organização Mundial do Comércio. A expectativa é de que ele dê detalhes da proposta em uma conferência nesta segunda-feira, em Zurique.
- O embaixador Portman vai dar passos em direção à ajuda no consenso e dar prosseguimento às negociações - disse Christin Baker, porta-voz de Portman.
Washington está sob pressão durante semanas para reduzir os subsídios agrícolas.
- Nossa premissa básica é de que precisamos ter progresso no acesso a mercados. A boa notícia é que estamos chegando ao ponto, pessoas estão conversando sobre números - disse um membro do governo americano a jornalistas nesta sexta-feira.
Com a proposta elaborada pelos EUA, o país reduziria seu gasto de US$ 19,1 bilhões para US$ 8,5 bilhões. O país acredita que qualquer corte de mais de 10% até 20% poderia representar uma redução de seus programas agrícolas. E também defende que Bruxelas e Tóquio deveriam fazer cortes maiores uma vez que gastam muito mais com programas de subsídios que Washington.
Agricultores americanos, que tiveram uma grande influência na aprovação do pacote comercial mundial no Congresso em 1994, sinalizaram que só irão apoiar um acordo comercial que reduza os subsídios caso tenham boas oportunidades de exportações como recompensa.
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