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O ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira negou nesta terça-feira durante em depoimento à CPI dos Correior que tenha intermediado contatos entre a Petrobras e a empresa de engenharia GDK, responsável pela obra da plataforma P-34.

A GDK venceu o contrato por US$ 90 milhões no ano passado para adaptar a unidade de produção que será destinada ao campo de Jubarte, na Bacia de Campos. As obras estão sendo feitas no Espírito Santo.

Durante o questionamento, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) levantou suspeitas de que a caminhonete Land Rover de Silvio Pereira tenha sido um presente do dono da GDK, Cesar Oliveira, ao petista. Pereira se negou a dizer em nome de quem comprou seu veículo.

- Nunca fiz mediação de nenhuma empresa, nem dessa, nem de outra.

Pereira afirmou conhecer Cesar Oliveira mas, indagado sobre o fato de já ter viajado no jatinho particular do empresário, o ex-secretário disse não se lembrar.

- Já viajei em alguns jatinhos particulares, mas não sei quem eram os proprietários.

Ao pedir uma auditoria de suas próprias licitações no ano passado, depois de suspeitas de irregularidades levantadas pelo governo do Rio sobre a concorrência para a construção da plataforma PRA-1, a Petrobras informou ao Tribunal de Contas da União que a licitação da P-34 foi feita por meio de carta-convite. Foram chamados para fazer propostas os grupos ABB/Camargo Correa/Andrade Gutierrez, Construtora Norberto Odebrecht, Fels Setal, GDK Engenharia, Mauá Jurong, Mendes Júnior Trading e Engenharia, Promon Engenharia, Techint, Technip Engenharia e UTC Engenharia.

A abertura dos envelopes da licitação foi feita em maio do ano passado. Em junho, o então presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, e o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, comemoraram o início das obras da plataforma. A previsão inicial era de que a conversão fosse concluída até agosto e gerasse 700 empregos diretos e 2,1 mil indiretos. A previsão, agora, é para que a instalação da unidade ocorra em dezembro ou início do ano que vem.

O TCU confirmou nesta terça-feira que uma análise preliminar feita por seus técnicos não apontou para qualquer irregularidade na contratação da obra. O processo, no entanto, ainda não foi concluído já que engloba a análise de outros contratos feitos pela estatal que ainda estão sendo investigados.

A reforma da P-34 inclui a preparação da planta de processamento para receber o petróleo produzido no campo deJubarte, localizado no Litoral Sul do Espírito Santo, a 80 quilômetros de Vitória. A plataforma era originalmente um navio-tanque construído na Holanda e incorporado à antiga Frota Nacional de Petroleiros (Fronape), em 1959.

Em 1979, o navio foi convertido no primeiro Sistema Antecipado de produção (SPA), que deu origem aos atuais sistemas flutuantes de produção.

Em 1993, foi adaptado pela segunda vez, e transformado em um navio para produzir e armazenar petróleo. Em 1997, chegou a atuar nos campos de Barracuda e Caratinga, na Bacia de Campos, sendo desativado em 2003.

A empresa também informou que a capacidade de produção da P-34 é de 60 mil barris por dia de petróleo.

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