Pela primeira vez em quase uma década, o Brasil está na lista dos dez países que mais faturam com exportação de armamentos convencionais. Segundo relatório sobre transferências de armas divulgado este ano pelo Serviço de Pesquisa do Congresso dos Estados Unidos, o Brasil empata com Líbia e Ucrânia no décimo lugar do ranking de faturamento, US$ 300 milhões, entre transferências efetivadas em 2004 e acordos para vendas futuras firmados no mesmo ano.
O Brasil ultrapassou países tradicionais do ramo, como Itália e Suécia. O valor é pequeno diante dos números de Estados Unidos, Rússia e França, mas serve para demonstrar que a eventual proibição de aquisição de armas a partir do referendo pouco afetará a indústria nacional.
As exportações de armas de fogo brasileiras aumentaram quase 40% de 2003 para 2004, segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex). A maior fabricante de armamentos, a Taurus, não se vale do argumento econômico para atacar o desarmamento. Sessenta e cinco por cento de sua produção se destinam ao mercado externo; o percentual para o mercado interno civil é de 23%, a maior parte formada por empresas de segurança, que não serão proibidas de comprar armas.
A Taurus é fornecedora de departamentos de polícia dos Estados Unidos, onde também vende bem entre civis. Já a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) exporta 70% da sua produção, para 65 países. Chegou a ter contrato com o Departamento de Polícia de Nova York. A Imbel fornece pistolas para a Equipe de Resgate de Reféns do FBI, a polícia federal americana, e produz peças para pistolas fabricadas pela Springfield Armory, que também é fornecedora do FBI.
Mas o mercado latino-americano para as armas brasileiras está diminuindo.
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