Os exportadores de carne bovina estimam que novembro registrará o maior impacto negativo da febre aftosa nas vendas do produto ao exterior. Elas devem apresentar redução de cerca de US$ 100 milhões este mês, na comparação com outubro, quando foram embarcados US$ 154 milhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento. No ano, o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Camardelli, prevê que as vendas somarão entre US$ 2,75 bilhões e US$ 2,8 bilhões.
O resultado de 2005 ficará até 8,3% abaixo dos US$ 3 bilhões que os exportadores previam antes do ressurgimento da febre aftosa - que já tem 21 focos confirmados no Mato Grosso do Sul e outros 4 sob suspeita no Paraná.
- O olho do furacão que vamos enfrentar vai ser em novembro. A partir daí, espero que o cenário comece a ser revertido - afirmou o diretor-executivo da Abiec.
Camardelli e o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo, estiveram reunidos com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. A série de encontros desde o reaparecimento da doença visa aprofundar as discussões sobre as ações conjuntas do governo e do setor privado, no Brasil e no exterior, para intensificar o combate à aftosa e suspender o mais rapidamente possível os quase 50 embargos já levantados ao país.
Segundo os dois executivos, os resultados técnicos da análise de animais de 4 fazendas de municípios do Paraná deverão ser concluídos e divulgados em 8 dias.
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