As micro e pequenas indústrias tiveram um bom desempenho em junho. Segundo pesquisa do Simpi, que reúne as empresas do setor no estado de São Paulo, aumentaram os pedidos em carteira, o faturamento e o uso da capacidade instalada. O desemprego aumentou com a cautela formada diante dos problemas políticos, mas a inadimplência acabou diminuindo um pouco.
De acordo com o levantamento, o uso da capacidade instalada subiu 2,3%, passando de 66,8% em maio para 69,1%, um dos pontos mais elevados já atingidos nas pesquisas. Do total, 60% das empresas operaram acima de 70% de sua capacidade de produção, contra 49% no mês anterior. Esta produção relaciona-se com o faturamento, que subiu 4,6%.
Os pedidos em carteira também cresceram 5,6%, contra aumento de 4% no mês anterior. Os estoques aumentaram 2,7%. Apenas 34% das empresas operaram no sistema bancário com financiamentos, índice que em junho de 2004 era de 40%.
O lado negativo ficou com o nível de emprego. Apesar do bom desempenho produtivo, houve dispensa de 0,4% dos empregados nas 112 empresas da amostra, com média de 23,9 empregados cada. De acordo com os analistas, a causa é o momento político. Por cautela, os empresários estão reduzindo custos e demitindo pessoal. O índice de 0,4%, no entanto, representa menos 3.900 postos de trabalho, reduzindo o total para 973.500 empregos na categoria. Os empresários indicam tendência de nova redução para julho, de 0,3%.
Segundo o levantamento, 28% das empresas apontaram os impostos como o principal problema do mês (contra 26% em maio). As vendas fracas foram indicadas por 16% das empresas (14% no mês anterior). Já o custo da matéria-rima, que estava em 25% das citações em maio, desceu para 21% em junho, enquanto juros e financiamentos caiu de 17% para 14% da indicações. O fator política subiu de 8% das indicações em maio para 9% em junho, enquanto outros subiu de 8% para 9%.
A inadimplência caiu de 69% em maio para 68% em junho e o percentual sobre o faturamento desceu de 8,1% para 7,8% no período. Subiu de 55% para 56% o índice de empresas que tiveram seus próprios compromissos afetados, assim distribuídos: fornecedores e salários, ambos subindo de 12% para 15% nas indicações; impostos, mantendo-se em 36% e o fator outros, caindo de 40% para 34%.
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