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Emprego

Figurino e comportamento contam pontos durante entrevista

"A primeira impressão é a que fica". A frase parece propaganda de desodorante masculino, mas nesse caso é a principal dica do especialista em recursos humanos João Pedro Caiado, presidente da empresa de headhunter e outplacement Human Development Organization, de São Paulo, aos candidatos a uma vaga de emprego para o momento da entrevista. Roupas, calçados e acessórios discretos e bem alinhados fazem a diferença e contam como desempenho, podendo definir a conquista do cargo. "A pessoa pode passar uma imagem sem falar nada", observa Caiado.

Segundo o especialista, de cada dez pessoas que aparecem para serem entrevistadas na empresa que preside, de seis a sete estão vestidas fora do padrão que se espera. Já houve caso de engenheiro que compareceu ao local vestido com sandálias de dedo. "Parece que a pessoa não está a fim de trabalhar, quer ficar tranqüilo, está mais preocupado em ir à praia", diz. E complementa: "A maioria não sabe se vestir. E o homem é mais desleixado, erra mais. A mulher se arruma mais, presta mais atenção, quando erra é porque pôs ou jóia ou decote ou maquiagem demais", relata.

Caiado lembra também que aquela história de mulheres que tentam conquistar o entrevistador pela beleza não cola. "Mulher com roupa muito decotada ou saia muito curta parece que quer mais seduzir do que mostrar competitividade. Não façam isso porque não dá certo, o entrevistador percebe na hora", recomenda. Para evitar os equívocos, Caiado dá orientações para que ambos os sexos compareçam apresentáveis nas entrevistas, desde o fio de cabelo até o dedão do pé (confira os infográficos ao longo do texto). Detalhes que podem parecer sem importância, como comprimento da saia ou a cor da meia que não combinam com os sapatos, podem levar o entrevistado ao fracasso. "Os detalhezinhos são observados porque são eles que montam o conjunto", explica Caiado.

O nível de exigência na vestimenta varia para cada empresa, mas a regra da boa aparência será sempre a mesma, independente do empregador. Caiado toma como exemplo de variação uma agência de Publicidade, que considera "mais tranqüilo" quanto à roupa, e um escritório de advocacia, que seria "mais formal". Por isso, o especialista lança a dica: "é interessante que antes o candidato observe a empresa, passe na frente para ver como as pessoas se vestem", orienta o especialista. Uma conferida geral no espelho também vale muito. "É fácil e pode fazer muita diferença", conclui.

Dicas de como se comportar na entrevista

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