Além da suspeita de aftosa, agora é a greve dos fiscais do Ministério da Agricultura que traz problemas para o comércio de carne no Paraná. Na estação aduaneira em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, uma fila de caminhões já começa a se formar. Só as cargas com animais vivos ou com produtos que podem estragar estão sendo liberadas.
Um grupo de caminhoneiros que transporta cereais do Paraguai para o Brasil deveria ter sido liberado na noite de segunda-feira. Porém, com a greve, eles não sabem quando vão poder seguir viagem.
Em Cascavel, no Oeste do estado, frigoríficos não puderam transportar as cargas de carne aviária e bovina. As câmaras frias só têm espaço para mais dois dias de trabalho. Sem o documento que autoriza o transporte de carne, o jeito é armazenar o que deveria ser exportado.
De acordo com a Associação Nacional dos Servidores do Ministério da Agricultura (Ansa), a razão da greve é o não cumprimento por parte do governo federal dos acordos feitos no ano passado durante a última paralisação da categoria. Além disso, a falta de políticas salariais e a contratação de funcionários é outra reivindicação dos grevistas.