Como era de se esperar, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Rato, elogiou o Brasil pela iniciativa do governo - anunciada quarta-feira - de antecipar o pagamento de três parcelas de sua dívida com aquela instituição, que venceriam entre setembro próximo e março de 2006 - num total de US$ 5,1 bilhões.
Num comunicado divulgado nesta quinta-feira, Rato afirmou que recebera com prazer o anúncio brasileiro e elogiou as autoridades "por suas realizações econômicas nos últimos cinco anos". E acrescentou: "A capacidade de o Brasil pagar as suas obrigações antes do tempo previsto reflete o sólido quadro macroeconômico e institucional atual e uma posição de balanço de pagamentos que é mais sólida do que se imaginava antes, refletindo em grande parte um impressionante desempenho exportador. Sólidas políticas econômicas e reformas têm reduzido significativamente as vulnerabilidades e reforçado a confiança na economia do país".
Do total de US$ 39,9 bilhões concedidos ao Brasil pelo FMI foram sacados US$ 25,3 bilhões. Dessas retiradas US$ 11,1 bilhões eram do Programa de Financiamento de Reserva Suplementar, doFMI, e US$ 6,11 bilhões já tinham sido pagas pelo país.
A dívida total do Brasil com o FMI agora, já descontado o pagamento antecipado anunciado quarta-feira, passa a ser de US$ 15,7 bilhões segundo o FMI.
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