| Foto:

Remete à pré-história a busca do homem por informações a respeito dos que o cercam. No tempo das cavernas, o objetivo era reconhecer fraquezas, medos, dons e desejos de seus oponentes. Como não havia escrita, as informações eram passadas oralmente de uma pessoa a outra. Surgia, assim, a fofoca. Desde então, o hábito de comentar sobre a vida alheia faz parte da convivência humana. Sendo o ambiente corporativo uma réplica da sociedade, mexericos entre colegas de trabalho são inevitáveis. Bisbilhotices, no entanto, podem comprometer o resultado das equipes. Pesquisa feita pela empresa de recursos humanos Randstad Corporation aponta que o disse me disse em horário de serviço toma 65 horas de expediente por ano.

CARREGANDO :)

"A fofoca, quando passa do limite, compromete a confiança dentro da organização. Comentários maldosos acabam minando as relações, interferindo na união do grupo e comprometendo a produtividade do time", diz Katia Macedo, coach de negócios para pequenas e médias empresas.

Na opinião da consultora, é papel do líder manter a transparência dentro da companhia. O gestor deve estar sempre atento e intervir quando ocorre esse tipo de situação. Estabelecer metas claras também ajuda a minimizar conflitos e faz as pessoas se engajarem em prol de um objetivo maior, desestimulando a competição negativa e incentivando a disputa saudável.

Publicidade

Dicas

Confira algumas ações para fugir dos fofoqueiros de plantão

Uma prática danosa às relações

• O mexerico tem o poder de acabar com o clima na empresa, além de arruinar reputações e reduzir a produtividade.

• Informações infundadas podem gerar apreensão e fomentar a inimizade entre colegas de trabalho.

Publicidade

• As pessoas que não puderem parar de fofocar terão de encarar as consequências de suas atitudes. Contribuir para a criação de um ambiente de trabalho saudável e autêntico faz parte da atribuição de um bom empregado.

Controle a falação da equipe

• Crie um acordo formal entre todos os funcionários (seja verbal ou por escrito) para não participarem de fofocas na empresa.

• Interrompa qualquer mexerico, assim que for identificado.

• Com jeito, coloque a pessoa que for objeto da fofoca a par do que está sendo dito.

Publicidade

• Uma comunicação interna evita fofocas corporativas, como as relacionadas a demissões, aumentos de salário e promoções.

• Estimule um compromisso contínuo de revelar sentimentos e desejos verdadeiros no ambiente de trabalho, acabando assim com qualquer necessidade de espalhar fofocas ali.

• Implemente uma política de transparência na empresa, com metas e objetivos claros.

• Esclareça os valores da organização, em questões de ética, espírito de equipe e respeito às diferenças entre os colegas.

Fuja das bisbilhotices

Publicidade

• Nem queira ouvir. Por mais que você esteja curioso, procure nem saber dos disse-me-disse entre colegas. Mesmo se a pessoa que quiser te contar a fofoca for alguém em quem você confia, deixe clara a sua posição.

• Saia pela tangente: se alguém vier lhe fazer perguntas, devolva com um "por que você quer saber?"

• Não passe adiante. Caso você não tenha conseguido fugir e acabe sabendo da informação extraoficial, não transmita para mais ninguém aquilo que lhe contaram.

• Não se omita. Se o alvo da fofoca lhe perguntar se você sabe de alguma coisa, abra o jogo. Mas evite revelar a fonte da informação. A ideia é deixar as coisas às claras.

Fontes (QUADRO): Katia Macedo, coach de negócios para pequenas e médias empresas; Sam Chapman, autor do livro A Empresa Livre de Fofoca, e Claudio Nasajon, sócio-fundador da Nasajon Sistemas

Publicidade