O consumo maior de álcool, puxado pela frota de carros flex, trouxe um problema: o aumento das fraudes com o combustível. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), 11,2% do álcool vendido no estado de São Paulo está em condições irregulares. Na prática, isto significa que o álcool pode estar adulterado. De acordo com analistas do setor, cerca de 7 mil veículos flex tiveram que voltar às concessionárias por problemas decorrentes do abastecimento com combustível irregular.
Uma das fraudes verificadas pela ANP é a adição de água além do permitido no álcool hidratado, que, neste caso, é também conhecido como "álcool molhado".
- O álcool hidratado permite até 8% de água, mas já encontramos casos de combustível com quase 30% de água adicionada - afirma o superintendente de abastecimento da ANP, Roberto Furian Ardenghy.
Outra fraude constatada pela agência é a adição de água ao álcool anidro, aquele usado na gasolina e que não pode ser hidratado.
- Não é só quem abastece com álcool que está tendo problemas. Muitos consumidores nem sabem, mas estão usando gasolina com água para abastecer o carro - diz o superintendente de abastecimento da agência.
Ardenghy lembra que o álcool adulterado traz sérios riscos ao motor do veículo, e provoca problemas principalmente na bomba injetora e no pistão. Para combater a falsificação, a ANP aprovou no mês passado a mistura de corante ao álcool anidro, que representa 25% na composição da gasolina. Sem o corante, o consumidor não consegue, a olho nu, distinguir entre o álcool anidro misturado à água-que é incolor-e o álcool hidratado, que também é incolor. A adição do corante deve começar a partir de janeiro.
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