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O governo anunciou nesta segunda-feira que vai liberar imediatamente mais de R$ 2 bilhões do Orçamento. A liberação ficou acertada nesta segunda-feira após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os ministros da Junta Orçamentária - Dilma Roussef (Casa Civil), Antonio Palocci (Fazenda), Jaques Wagner (Relações Institucionais) e Paulo Bernardo (Planejamento). No total, devem ser liberados em torno de R$ 2,8 bilhões do Orçamento deste ano até o fim do mês. Deste total, R$ 1,1 bilhão atenderá a projetos agraciados com emendas de parlamentares.

O Ministério do Planejamento vai soltar nota técnica ainda nesta segunda-feira detalhando as liberações. A idéia do governo é, com essa liberação para investimentos, reduzir o superávit primário de 2005 dos atuais 5,97% para algo entre 4,8% e 5%.

- Essas emendas coletivas vão atender programas de governadores, que tem nas emendas de bancadas projetos estruturantes, atender também a programas dos ministérios e bancadas de senadores e deputados. Nunca é um número maravilhoso, essa emendas totalizam R$ 6 bilhões, mas é um número que permite atender a boa parcelas das demandas dos governos estaduais e do Congresso Federal - disse o ministro Jaques Wagner.

Ele negou que haja ineficiência do governo nos gastos do Orçamento e afirmou que, segundo o ministro Paulo Bernardo, 87% das verbas previstas para o ano já foram empenhadas.

- Na média, a gente não pode reclamar porque, pelo o que o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) apresentou, estamos com 87% empenhados em relação ao previsto. Portanto, eu diria que a gente está numa média bastante razoável. Evidentemente, você pode ter um ou outro ministério que não esteja exatamente nesta média - disse Wagner.

De acordo com o ministro, as prioridades do governo são os investimentos em infra-estrutura e na área social.

Wagner disse que há uma expectativa de recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todas as riquezas produzidas no país.

- Temos uma expectativa de que o último trimestre (outubro, novembro e dezembro) aponte para uma recuperação e que a gente possa fechar o ano em alguma coisa acima (ou próxima) de 3% de crescimento do PIB - afirmou.

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