Gisele Meter e Aline Rodrigues vivem uma situação no mercado de trabalho que destoa das estatísticas: ocupam cargos na diretoria e atuam em empresas que têm maioria feminina na liderança. Para efeito de comparação, apenas 10% dos CEO’s no Brasil são mulheres, segundo pesquisa conduzida pelo Great Place to Work.
Gisele, diretora de desenvolvimento na BM pré-moldados, conta que a parte estratégica em sua empresa tem 13 mulheres e 12 homens. Já na Construtora Arbotec, onde Aline é gerente, o índice é ainda mais expressivo: 80% dos cargos de direção são ocupados por mulheres.
Para fazer com que cenários como esses se multipliquem, o Great Place to Work vai reconhecer as empresas que valorizam a mão de obra feminina e colocam em prática ações que promovem a equidade de gênero. A pesquisa será aplicada ao longo deste ano e o resultado apresentado no dia 8 de março de 2017.
Qualquer empresa com mais de cem funcionários pode participar, mas apenas as que tiverem a taxa mínima de presença feminina (35% no total de funcionários, 30% em cargos de liderança) serão consideradas.
Segundo Tânia Datti, diretora de consultoria e capacitação do Great Place, a diversidade no ambiente de trabalho está ganhando o reconhecimento que merece. Com essa pesquisa, que será aplicada todos os anos, ela afirma que será possível trazer números, dados e fatos atualizados para catalisar as ações de empresas engajadas na causa.
O Great Place trabalha em parceria com a ONU Mulheres. Para Tânia, a diversidade por si só já favorece os negócios. “Existe uma diferença nos pensamentos feminino e masculino. As questões de negócios são racionais, mas você tem vários mapas mentais para analisar uma situação.”