A greve de advertência de 24h promovida pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e região não conseguiu a adesão da maioria dos funcionários da rede bancária. Das 380 agências em toda a grande Curitiba, apenas 72 tiveram os serviços suspensos durante esta quarta-feira. No interior do estado, apenas nas cidades de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, e Maringá, no Noroeste, o movimento foi representativo.
A presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Marisa Stédile, se considera satisfeita com a paralisação. "Acreditamos que a categoria atingiu o engajamento e a mobilização que esperávamos. Conseguimos unir cerca de 2.500 companheiros de trabalho e mostramos a seriedade da nossa luta", disse. De acordo com o sindicato, 19% dos bancários da grande Curitiba aderiram ao movimento. A maior parte das agências fechadas estava localizada na região do Centro da cidade.
A categoria espera uma nova proposta vinda da Federação Nacional dos Bancos. A primeira, que oferecia um reajuste de 4%, mais um abono salarial único de R$ 1 mil, foi rejeitada pelas organizações sindicais de todo o país. A reivindicação dos bancários é de um reajuste de 11,77% e maior participação nos lucros das instituições.
Febraban
Segundo os números oficiais da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a paralisação atingiu apenas 3% das agências em todo o país, considerando um universo de 17.482 agências, de acordo com o Banco Central (BC). A federação patronal mantém a proposta inicial de 4% de reajuste e espera que os bancários recuem em relação a possibilidade de greve por tempo indeterminado, que seria iniciada em 6 de outubro.
No sábado, dia 1.º de outubro, acontece uma reunião nacional em São Paulo. O encontro deve servir para aprovar e organizar a greve nacional da categoria na semana seguinte.
Interior
Em Maringá, os bancários protestaram com faixas e com a distribuição de bananas para a população. As faixas diziam "Bilhões para os banqueiros e bananas para bancários e cliente". O atendimento nas agências, apesar dos protestos, não foi alterado.
Em Foz do Iguaçu, os trabalhadores distribuíram uma carta à população explicando os motivos da paralisação. Em outras cidades, como Ponta Grossa e Campo Mourão, não houve adesão e o atendimento foi normal. Em Londrina, no Norte, apenas duas agências não funcionaram.
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