• Carregando...
O Hospital Anchieta, localizado em Brasília, no Distrito Federal, é um exemplo bem-sucedido do projeto do Instituto Feliciência. | Reprodução/www.hospitalanchieta.com.br
O Hospital Anchieta, localizado em Brasília, no Distrito Federal, é um exemplo bem-sucedido do projeto do Instituto Feliciência.| Foto: Reprodução/www.hospitalanchieta.com.br

Ter uma carreira que traga qualidade de vida e um bom salário é uma das coisas que as pessoas mais querem. E cada vez mais trabalhar em um ambiente agradável, que proporcione felicidade aos colaboradores, pode fazer a diferença no dia a dia e nos resultados da empresa. Pelo menos é que o acredita Instituto Feliciência, que trabalha em um projeto inovador no país de felicidade no trabalho.

“A tendência é de que as empresas entendam que a felicidade deixou de ser um tema supérfluo para ganhar grande relevância no resultado final das empresas”, explica Carla Furtado, diretora do instituto.

O Hospital Anchieta, localizado em Brasília, no Distrito Federal, é um exemplo bem-sucedido desse projeto. O hospital conseguiu bater sua meta de rentabilidade pela primeira vez em 22 anos depois que apostou na consultoria oferecida pelo instituto que tem como principal objetivo oferecer felicidade no ambiente de trabalho.

Furtado explica que o hospital a procurou, em um primeiro momento, para melhorar a satisfação do cliente externo. “Prestamos um serviço de consultoria e começamos a montar uma nova estratégia para melhorar o sistema do hospital, desde a parte administrativa até a médica e a partir disso, trabalhamos a felicidade em todos os aspectos no ambiente de trabalho”, explica.

Entre as os diversos parâmetros que fazem parte do processo, o primeiro foi medir a Felicidade Interna Bruta (FIB) dos colaboradores. O FIB foi criado com base no modelo desenvolvido pelo Gross National Happiness Center do governo do Butão, na Ásia, e chancelado pela ONU como novo paradigma de desenvolvimento socioeconômico.

“O FIB é um indicador que foi desenvolvido  para ser um índice não econômico. É mais amplo que PIB [Produto Interno Bruto], mede 9 dimensões diferentes, incluindo a evolução econômica, mas também a percepção da evolução social do país, sem focar apenas nos resultados comerciais”, esclarece Furtado.

A ideia é que se a empresa focar na felicidade de seus funcionários e do seu ambiente de trabalho, aumenta a capacidade de gerar resultados positivos. “Desde 2012 a ONU defende que o FIB seja adotado por todas as nações, com o argumento de que o PIB não poderia ser usado para medir o progresso da nação, porque o país não é feito apenas de sua economia”, diz Furtado.

Dessa maneira, o serviço que o Instituto Feliciência presta é um ensaio do modelo ideal que deveria ser implantado na sociedade. Mas enquanto não é possível adotá-lo na prática, o conceito vai se instalando no mundo corporativo onde pode ser implantado mais rapidamente do que em um país e é possível avaliar os resultados de forma bastante palpável.

LEIA TAMBÉM: Profissionais com muito “tempo de casa” estão em extinção nas empresas

“A consultoria tem um propósito coletivo e de humanização para atingir resultados. O método de aplicação desse processo inclui além da aplicação do FIB, pesquisas de dados, que trabalha com 9 dimensões para detectar gaps, além de palestras e workshops para dar aos funcionários melhores condições para solucionar os problemas diários, treinamento comportamental junto ao RH, médicos, e neurocientistas. Todo suporte vai sendo construído de acordo com a organização que contratar o instituto”, explica Furtado.

Como funciona a proposta do Instituto Feliciência

A proposta é repensar os modelos de negócios, econômicos e sociais, sistemas que estão interligados e precisam ser melhor trabalhados na sociedade, segundo a diretora. “O instituto existe desde 2015 e tem como objetivo trazer para o Brasil as práticas que são cientificamente comprovadas ou que são respeitadas e que envolvem a promoção da felicidade. Não é  autoajuda, nem poético”, ressalta a diretora. “Não dá para ser feliz em uma comunidade miserável, então a transformação tem que ter uma visão sistêmica. A cultura precisa mudar”, finaliza. 

O Hospital Anchieta contratou o serviço em 2016, sendo o primeiro cliente do projeto no país e foi bem-sucedido. Os resultados vieram no primeiro semestre deste ano, quando o hospital viu um cresimento de 12,5% em seus lucros e alcançou a meta de rentabilidade estabelecida desde a fundação do empreendimento.

LEIA TAMBÉM: Banco vai oferecer período sabático pago a funcionários

“Conseguimos extrapolar as metas de satisfação do cliente interno e externo, melhorar nosso Net Promoter Score (NPS) e alcançar, pela primeira vez em 22 anos, a meta de rentabilidade, que subiu para 18%. Esses indicadores mostram que a felicidade é lucrativa”, afirmou Lorena Porto, CEO do Hospital Anchieta. Tudo está incluso no valor que a empresa paga para o instituto dar a consultoria.

É muito importante pensar na empresa como um sistema porque a forma como os funcionários se sentem reflete em como trabalham, na forma como tratam os clientes e também em suas vidas pessoais, diz Furtado.  

O Instituto Feliciência tem como foco maior empresas e o objetivo em 2018 é capacitar mais profissionais brasileiros dentro desse conceito.

“Queremos capacitar e viabilizar esses centros do FIB para gestores de RH, líderes de empresas e executivos de vários setores”, diz Furtado. Hoje o instituto conta com 12 pessoas e alguns consultores associados.

Os millennials são as pessoas nascidas entre 1980 e 1995. //bit.ly/2kGEJwj #LivreIniciativa

Publicado por Vida Financeira e Emprego em Sexta, 22 de dezembro de 2017
0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]