A produção industrial brasileira se manteve praticamente estável de setembro para outubro, com variação de 0,1%, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com outubro do ano passado, o crescimento foi de 0,4%. No acumulado do ano, a alta é de 3,4%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses (4,1%), registrou desaceleração frente ao resultado de setembro (4,4%).

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A ligeira variação de 0,1%, observada em outubro, após queda de 2,3% em setembro, resulta da expansão em treze dos vinte e três ramos industriais. Os destaques positivos ficaram por conta de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,5%), refino de petróleo e produção de álcool (0,9%) e outros produtos químicos (0,8%). Entre as indústrias em queda, as principais pressões foram verificadas em material eletrônico e equipamentos de comunicações (-6,7%) e têxtil (-2,7%).

Ainda na comparação com o mês de setembro, as categorias de uso apresentaram os seguintes resultados: -3,9% para bens de capital, 0,1% para bens intermediários, 2,8% para bens de consumo duráveis e 0,5% para bens de consumo semiduráveis e não-duráveis. O segmento de bens de capital mostrou redução após dois meses de crescimento, quando acumulou expansão de 4,8% (setembro 05/julho 05). As demais categorias interromperam o movimento de queda observado em setembro, com destaque para bens de consumo duráveis com expansão de 2,8% após três resultados negativos, período que acumulou queda de 17,3% (setembro 05/junho 05).

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Em relação a outubro de 2004, o crescimento de 0,4% foi influenciado pelo setor extrativo (10,8%), uma vez que a indústria de transformação mostrou redução de 0,2%. O IBGE ressalta que a variação próxima de zero é decorrência da combinação da trajetória declinante, observada a partir do segundo semestre de 2005, com a entrada da base de comparação dos últimos meses de 2004, onde o setor industrial exibiu tendência de crescimento.

O impacto positivo no índice global da indústria extrativa foi apoiado no desempenho dos itens minérios de ferro e petróleo. Outras contribuições relevantes vieram de máquinas para escritórios e equipamentos de informática (46,6%), farmacêutica (13,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,9%). Em sentido oposto, entre as indústrias que apontam queda na produção, máquinas e equipamentos (-7,8%) foi a que mais pressionou a taxa global.

No acumulado do ano (janeiro a outubro), o crescimento de 3,4% resultou do aumento na produção em dezessete atividades. Veículos automotores (7,6%) se manteve como a atividade de maior impacto positivo na formação da taxa global, seguida por material eletrônico e equipamentos de comunicações (18,5%), indústria extrativa (10,2%) e edição e impressão (12,3%).

Nestes ramos, os itens de maior destaque foram, respectivamente: automóveis, telefones celulares, minérios de ferro e revistas. Entre as atividades que mostraram queda, metalurgia básica (-2,5%) foi a que mais pressionou negativamente o indicador.

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