A inadimplência do consumidor voltou a cair em junho, mas continua maior do que em 2004. Segundo dados da Serasa, a inadimplência da pessoa física caiu 3% em relação a maio, mas ficou 15,9% acima se comparada a junho de 2004. Com esse resultado, a inadimplência do consumidor terminou o primeiro semestre do ano com alta de 13,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos últimos três meses a taxa de inadimplência apresentou variação média negativa, de 0,9%. Os economistas da Serasa explicam que a queda da inflação, basicamente de preços de produtos essenciais, como alimentos, permitiu um tímido aumento da massa de salários em junho. Em contrapartida, o consumidor continua endividado e sofre os efeitos das altas taxas de juro na ecomomia, que freia a criação de empregos e a recuperação efetiva da renda.
A inadimplência do consumidor em junho foi maior na emissão de cheques. Os registros de cheques sem fundo representaram 35,8% do total do índice e o valor médio da dívida não paga foi de R$ 526,79. A segunda maior causa da inadimplência foi o não pagamento de cartão de crédito e dívidas com financeiras, com 34,2% do indicador e valor médio de R$ 254,59. A seguir estão as dívidas bancárias, com 28,2% do total e valor médio mais alto, de R$ 1.024,28. Os títulos protestados representam há três anos menos de 2% das dívidas não pagas e o valor médio
Apesar do número de registros de inadimplência ter caído na comparação com maio, em junho os valores médios não pagos aumentaram. A alta foi de 6% nos cartões de crédito e financeiras e de 12,7% na dívida bancária. O maior aumento, no entanto, foi de 21,7% nos cheques sem fundos e de 17,3% no valor das anotações de protestos.
Também a inadimplência de empresas caiu. A redução foi de 3,2% em junho, na comparação com maio. Em relação a junho de 2004, no entanto, a alta é de 18,4%. O resultado do primeiro trimestre foi ruim, pois a inadimplência de empresas aumentou 10,4% em relação a igual período do ano passado. O juro alto é a principal causa do calote, segundo a Serasa.
Os economistas acreditam que o indicador possa melhorar no segundo semestre, já que o Banco Central interrompeu a seqüência de alta na taxa básica de juros, a Selic.
- Certamente terá impacto positivo na atividade econômica e aliviará as pressões sobre as finanças das empresas, colaborando para a redução da inadimplência. A incerteza fica por conta do risco de contaminação do cenário econômico pela crise política - diz a empresa.
No caso das empresas, os títulos protestados representam a maior fatia da inadimplência, de 40,5%, com valor médio de R$ 1.420,95. A seguir aparecem os cheques sem fundos, com 39,4% e valor médio de R$ 1.197,65. As dívidas bancárias representam 20,1% do total e o valor médio é de R$ 3.268,62.
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