A indústria paranaense apresentou uma desaceleração na geração de empregos e no aumento de produção em 2005. De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgados nesta quarta-feira, de janeiro a agosto deste ano foram criados 27 mil postos de trabalho contra 50 mil em 2004. A produção industrial registrou um aumento de 5,15% em 2005, cerca de 2,6 pontos a menos que o ano anterior.
No geral dos últimos doze meses, os indicadores registram a mesma tendência de desaceleração do nível de emprego e crescimento da produção: o emprego cresceu 5,21% nos doze meses encerrados em agosto/05 e 10,15% nos doze meses encerrados em agosto/04. A produção industrial cresceu 8,18% de set/04-ago/05 e 7,34% de ago/03-ago/04.
Das 2.299 vagas de emprego criadas em agosto, o setor têxtil e de vestuário foi responsável pela contratação 936 trabalhadores, registrando um aumento de 1,36% em relação ao mês de julho. Em segundo lugar na geração de empregos vem a categoria de alimentos, bebidas e álcool com crescimento de 0,41%.
Os vilões do emprego no Paraná no mês de agosto foram os setores de indústria de madeira e mobiliário, com perda de 400 postos, e indústria metalúrgica, com 92 vagas a menos.
A folha de pagamento média real por trabalhador da indústria paranaense também apresentou alta. No mês de agosto houve um aumento de 0,50% em relação a julho. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior constata-se um aumento de 5,29%, e no acumulado do ano de 2005 (jan-ago) em relação a 2004 um aumento de 1,19%.
A produção industrial registrou um aumento de 10,62% em agosto. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior ocorreu uma queda de -3,41%. No acumulado do ano de 2005 comparado com igual período do ano passado o quadro é positivo, verificando um aumento de 5,15%.
Os setores que obtiveram os melhores índices em agosto foram: edição, impressão e reprodução de gravações (32,54%); Veículos automotores (24,71%); refino de petróleo e álcool (20,20%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,73%). produtos de metal registrou o pior índice, com queda de 5,77%.
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