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O consumidor deve tomar cuidado para não cair no cheque especial e, se possível, deve fugir de financiamentos neste fim de ano. Pesquisa feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que os juros médios foram elevados em novembro, justamente quando as pessoas começaram a sair às compras para o Natal. A alta, de 7,58% para 7,63% ao mês (ou 141,66% ao ano) ocorreu apesar de o Banco Central ter reduzido o juro no mês passado em 0,5%.

Para Miguel Oliveira, presidente da Anefac, o aumento pode ser atribuído justamente ao aumento da demanda por crédito, aliado ao crescimento dos índices de inadimplência.

O financiamento que mais encareceu foi o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) dos bancos, que é voltado basicamente para a compra de veículos. A taxa mensal passou de 3,48% para 3,55% ao mês, o equivalente a 94,93% ao ano. O juro do empréstimo pessoal ficou em média 0,88% mais alto e subiu de 5,67% para 5,72% ao mês. No cheque especial, a taxa mensal passou de 8,23% para 8,27% ao ano, com alta de 0,49%.

O comércio também tornou seu crédito mais salgado. A taxa média cobrada nos financiamentos oferecidos pelos lojistas passou de 6,1% em outubro para 6,16% em novembro, ou 104,89% ao ano. A alta foi de 0,98% e tornou a taxa a mais elevada desde janeiro de 2004. Ou seja, a mais cara em quase dois anos. Nas financeiras, que cobram os juros mais altos do mercado para a pessoa física, a taxa subiu de 11,68% para 11,76% ao mês, o que representa nada menos do que 279,7% ao ano.

Só ficou no mesmo lugar o juro do cartão de crédito. Mas quem comprar deve pagar o valor gasto integralmente no vencimento da fatura. Mesmo sem ter aumentado, a taxa do cartão de crédito é a segunda mais cara entre as modalidades e está em 10,3% ao mês, em média. Por ano, isso significa 224,27%.

Para as empresas, o juro médio passou de 4,4% ao mês para 4,44%, o que equivale a 68,62% ao ano. É também a maior taxa desde julho de 2004.

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